Nos Estados Unidos, o bom e velho fliperama está de volta à tona

O número de jogadores e de competições vem crescendo em todo o mundo, segundo a International Flipper Pinball Association

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Por Agências
Atualização:
Escher Lefkoff, de 14 anos, foi o vencedor do último campeonato norte-americano de pinball Foto: AP

Os antigos fliperamas, com direito a bolas espelhadas e tilt, vêm ganhando popularidade novamente.

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O interesse pelo jogo, frenesi durante as décadas de 1970 e 1980, voltou a disparar na última década. O número de jogadores e de competições desse antepassado dos videogames vem crescendo em todo o mundo, segundo a International Flipper Pinball Association. Em 2006 foram 50 competições em todo o mundo, com 500 jogadores registrados. Neste ano, foram realizadas quase 4.500 competições com mais de 55.000 jogadores.

“O fliperama (ou pinball, como é chamado em inglês) não desaparece”, disse o jogador Zach Sharpe, que é também porta-voz da principal fabricante do jogo no mundo, a Stern Pinball Incorporated, com sede em Elk Grove Village, um subúrbio de Chicago. “Ele não pode ser reproduzido e acho que jamais vai desaparecer”.

O primeiro jogo do gênero foi patenteado em 1871, mas o acesso a esse tipo de diversão ficou estagnado entre os anos 1940 e os anos 1970, uma vez que diversas cidades norte-americanas o proibiram, explica Roger Sharpe, autor do livro Pinball!, uma bíblia do assunto. 

Pai de Zach, Roger Sharpe é famoso por ter convencido a Câmara Municipal de Nova York de que o fliperama implicava mais habilidades do que sorte, levando a cidade a suspender a proibição baixada em 1976, que resultou na remoção de restrições similares em outros lugares.

Desde então, a popularidade do jogo teve altos e baixos. Mas Zach Sharpe diz que a receita da sua companhia disparou nos últimos anos. Este ano, o faturamento aumentou 30% em relação a 2016 e em 2016 subiu 40% em comparação com 2015. Ele atribui parte do crescimento aos aplicativos para smartphones que mostram aos entusiastas onde encontrar aparelhos de pinball, vídeos e máquinas para o jogo.

O jogo atrai fãs de várias idades, incluído Escher Lefkoff, de 14 anos. Aos 13, ele venceu o campeonato mundial da Professional and Amateur Pinball Association. “Era o meu dia”, disse ele. “Joguei bem naquele dia e venci. Foi o momento mais mágico da minha vida”.

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Seu pai, Adam Lefkoff, também é um jogador classificado no ranking e inspirou o filho a jogar quando ele tinha apenas dois anos de idade. Quase 12% dos jogadores listados no ranking dos melhores jogadores são mulheres.

Os Lefkoffs costumam viajar para torneios e moram em Longmont, Colorado. “Uma hora, a bola vai cair. Isso é inevitável”, disse Adam Lefkoff. “O importante é o que você faz enquanto ela está ativa”. /TRADUÇÃO DE TEREZINHA MARTINO

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