Novo Assassin’s Creed luta contra faraós para recuperar força da série

Assassin’s Creed: Origins, lançado nesta sexta, 27, conta origem da saga dos Assassinos ao mesmo tempo em que tenta apagar títulos ruins; franquia completa 10 anos em 2017

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Por Bruno Capelas
Atualização:
Novo jogo mostrará início da rivalidade entre assassinos e templários Foto: Ubisoft

Os últimos anos foram bastante difíceis para os fãs de Assassin’s Creed, franquia da Ubisoft que é uma das mais populares da atualidade. Não à toa: depois de um começo empolgante, a série teve jogos ruins, cheios de bugs e problemas. Depois de uma pausa no ano passado, a saga dos Assassinos e dos Templários agora volta com Origins, novo game que se passa no Antigo Egito, contando o início da rivalidade milenar entre os dois grupos. 

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Desenvolvido nos últimos quatro anos, Origins é um jogo que atende a um velho pedido dos fãs – saber como a saga começou, em um jogo em meio a hieróglifos, pirâmides e faraós –, ao mesmo tempo em que traz diversas reformulações em combate, jogabilidade e evolução dos jogos. “Percebemos que precisávamos modernizar a franquia, criar uma experiência que pudesse redefinir o que é jogar Assassin’s Creed”, diz Bruno Guerin, produtor do jogo, em entrevista ao Estado durante a Brasil Game Show. 

Ao jogar Origins, é possível perceber que alguns elementos do DNA de Assassin’s Creed continuam lá: a ambientação histórica, o aspecto “épico-individual” da narrativa dos protagonistas e os elementos de furtividade (ou seja, se esconder para atacar inimigos de surpresa). 

No entanto, eles estão combinados com novidades: o combate deixou de ser “coreografado” para dar mais liberdade aos movimentos e estratégia dos jogadores, e é preciso coletar elementos (bronze, madeira, couro) no cenário para melhorar as armas. São duas características que lembram muito os melhores jogos de ação e aventura dos últimos tempos – The Legend of Zelda: Breath of the Wild, Horizon Zero Dawn e The Witcher 3 –, embora a Ubisoft negue a inspiração. “Jogamos muitos jogos, porque isso é nosso trabalho, mas Origins é o resultado da nossa imaginação há quatro anos”, explica Guerin. 

Saga pessoal. Em todo game de Assassin’s Creed, o jogador interpreta um protagonista diferente, pertencente à seita dos Assassinos, em uma época histórica diversa. O homem da vez é Bayek, um medjai – espécie de paramilitar responsável pela vigilância e bem estar de uma região específica – do Antigo Egito, prestes a enfrentar a ocupação Romana. 

Depois de passar um tempo proscrito e viver uma tragédia pessoal, Bayek inicia sua jornada retornando à sua cidade, Siwa, em busca de vingança. Seus inimigos, devotos ao faraó Ptolomeu XIII, darão origem aos Templários, em uma luta milenar que já foi narrada nos outros jogos da série, da Itália Renascentista (Assassin’s Creed II) ao Caribe do século XVIII (Black Flag). 

Além disso, Origins é um jogo especial para a Ubisoft, porque marca os dez anos do lançamento da série, que já virou filme, livro, quadrinho e até mesmo perfume – a fragrância Hidden Blade, cujo nome se inspira em uma das principais armas dos assassinos, é vendida por cerca de R$ 150. 

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Batalhas foram remodeladas para dar mais liberdade a movimentos e estratégias do jogador, diz a Ubisoft Foto: Ubisoft

História. Por mostrar diversas épocas e ter bastante apelo com o público jovem, Assassin’s Creed ganhou lugar cativo nas aulas de história nos últimos dez anos. “Há muitos professores que mandam email para a Ubisoft contando como conseguiram chamar a atenção de seus alunos para a Renascença”, exemplifica Guerin. 

Pensando nisso, a empresa decidiu lançar a Discovery Tour, uma espécie de versão “livre de combate” do jogo, focando no aprendizado e na ambientação histórica. Prevista para o início do ano que vem, a Discovery Tour: Antigo Egito será gratuita para quem comprar Origins, e terá passeios explicativos das Pirâmides, da Esfinge e de como as múmias eram feitas. “Queremos fazer jogos que enriqueçam a vida dos jogadores”, diz o produtor. 

Depois de dez anos e muitas viagens no tempo, Guerin ainda acha cedo discutir para onde a franquia pode ir. “A beleza de Assassin’s Creed é que a história é o nosso playground. Podemos levar a série para qualquer lugar na história”, avalia o produtor. 

Assassin’s Creed: OriginsPublisher: UbisoftPlataformas: PS4, Xbox One e PCPreço: de R$ 160 (PC) a R$ 220 (consoles)Lançamento: 27 de outubro

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