25 anos de Mario

Série mais bem sucedida de todos os tempos faz aniversário. Confira a evolução do personagem principal

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Por Rafael Cabral
Atualização:

A maior franquia de games da história nasceu há exatos 25 anos. Criado em 1981 para entrar no jogo Donkey Kong, o personagem do encanador italiano estrearia quatro anos depois em título próprio, Super Mario, lançado para o Nintendinho.

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Pensada pelo japonês Shigeru Miyamoto, a história da busca por uma princesa em apuros movia a experiência que, em uma época que os games estavam em baixa e ainda eram associados ao Atari e aos toscos fliperamas, renovaria a indústria de entretenimento eletrônico.

Para começar, não era necessária habilidade alguma. Pedia-se apenas que o jogador movesse o personagem, corresse, lutasse contra os inimigos e passasse, fase por fase, até chegar na final. Baixinho, nariz de batata e barriga lapidada por pizza de pepperoni, o protagonista tinha carisma de sobra e cultivava, além disso, um ar de herói improvável. Talvez por isso, talvez por contar com uma jogabilidade e uma liberdade de movimentos antes inimaginável em um console, a série já começou com um sucesso.

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No começo, Mario era um vilão. Em Donkey Kong Jr, de 1982, ele serve de antagonista e uma hora chega a enjaular o macacão também criado por Myamoto, um designer gráfico que havia sido contratado para tentar levantar a Nintendo. No material promocional, seu bigode ficava maior, curvado e pontiagudo — a ideia era ressaltar seu lado diabólico.

Quando decidiram transformá-lo em marca, largou o primeiro nome, Jumpman (algo como ‘homem que pula’), e trocou a profissão de carpinteiro para encanador. Outros personagens, como seu irmão Luigi, a princesa Peach e o monstrengo Bowser viriam na sequência.

Pixelado e simplório no início, Mario ganharia diversos poderes com o tempo. Quando comia cogumelos, crescia e ficava mais habilidoso, enquanto com uma flor vermelha podia soltar fogo. Com o bônus da pena que o fazia voar, completava a sua evolução até virar um quase super-herói. A música criada pelo inventivo Koji Kondo marcou a saga e é tocada, ainda hoje, por orquestras e por apreciadores do estilo que ficou conhecido como game music. Já a voz de Mario, dublada pelo norte-americano Charles Martinet, daria ao seu inglês um toque à bolonhesa.

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Replicado em mais duzentos games, sua figura acabou virando referência pop, símbolo do entretenimento eletrônico retrô e, depois de readaptado, também da era digital. Em pesquisas durante os anos 90, ele era mais reconhecido por crianças do que o Mickey Mouse. Para entender a proporção, é mais fácil colocar em números: o Guiness Book de recordes registra a linha com a mais bem sucedida de todos tempos, tendo vendido ao todo nada menos que 240 milhões de unidades. O primeiro jogo, o que faz aniversário em 13 de setembro, teve mais de 40 milhões de cópias, número reforçado porque a fita vinha junto com o console NES. A marca só seria superada recentemente pelo Wii Sports, também da Nintendo.

Com um quarto de século de vida, Mario já pilotou karts, jogou golf, saltou de planeta para planeta em Super Mario Galaxy, passeou nas nuvens em busca de moedas e até foi tema de um filme em Hollywood, o fracasso de público e crítica Super Mario Bros (1985). Uma das primeiras tentativas de adaptar um game para as telas, pecava por esquecer a narrativa original e tentar dar ao personagem encarnado por Bob Hoskins (e disputado por Dustin Hoffman, dizem) um ar adulto demais, aventureiro demais. Mas o fundamental, a história primordial, segue em todos os jogos que vieram depois do pioneiro e hoje já entrou, por que não?, também no imaginário popular. Afinal, sempre haverá tartarugas para pulverizar, fases para passar e princesas esperando para, depois de salvas, premiarem seus heróis com um beijo recompensador.

A evolução

Super Mario Bros – 1985: Ainda bem quadradão, Mario é acompanhado nessa fita pelo seu irmão Luigi, que é comandado pelo segundo jogador no modo multiplayer. A aventura se passa no Mushroom Kingdom, mundo mítico imaginado por Myamoto.  Foto:

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