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A armação do Google contra o Bing

Depois de fazer avanços, a Microsoft dá um passo atrás

Por Redação Link
Atualização:

De vez em quando, a Microsoft desfaz meses ou anos de excelente trabalho com uma tática marota. Houve a vez em que ela contratou uma empresa de relações públicas para escrever cartas fajutas “do povo” para editores de jornais, defendendo a posição da Microsoft nas ações antitruste do governo. Houve a vez em que a Microsoft subornou blogueiros com laptops de US$ 2.500 gratuitos para “ajudar em sua avaliação” do Windows Vista.

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E agora esta: o Google diz que apanhou a Microsoft copiando seus resultados de busca e incorporando-os em seu próprio serviço Bing.

A história toda pode ser lida no Search Engine Land. Resumo da ópera: o Google suspeitou que a Microsoft estava registrando o que usuários do Internet Explorer digitavam na caixa de busca do Google e em quais resultados de busca eles estavam clicando – e depois usando essa informação para ajustar resultados do Bing.

Para testar essa teoria, engenheiros do Google armaram uma operação. Eles escolheram páginas particulares da web que surgiam quando se buscava palavras absurdas como “hiybbprqag” ou “mbzrxpgjys” , e mandaram empregados fazerem buscas desses termos usando o Internet Explorer e clicando nos resultados.

Duas semanas depois, as buscas no Bing por essas palavras absurdas começaram a oferecer precisamente os mesmos resultados fictícios. O Google diz que isso era uma prova: a Microsoft o estava surrupiando. “Não conheço outra maneira de chamar isso, exceto pura e simples trapaça”, disse Amit Singhal do Google ao Search Engine Land.

A Microsoft não nega a tática; sua bizarra defesa é simplesmente que os resultados surrupiados do Google representam apenas um dos muitos pontos de dados que o Bing considera.

Vamos lá, Microsoft. Você está com a corda toda ultimamente. O Windows 7 é ótimo. O Windows Phone 7 é fantástico. Até o Bing é excelente. Não comprometa sua recém-restaurada reputação recorrendo a truques sujos do passado.

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/ Tradução de Celso M. Paciornik

* Texto originalmente publicado em 02/02/2011.

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