PUBLICIDADE

'A década perdida da Microsoft'

Perfil demolidor de revista traz depoimentos de ex-empregados e revelação de que Bill Gates teria rejeitado e-reader em 98

Por Redação Link
Atualização:

Perfil demolidor de revista traz depoimentos de ex-empregados e revelação de que Bill Gates teria rejeitado e-reader em 98

PUBLICIDADE

SÃO PAULO – Bill Gates teria rejeitado a ideia de lançar um e-reader com tela de toque em 1998. A revelação está numa demolidora matéria da revista americana Vanity Fair, que relata como a Microsoft perdeu a liderança no mundo da tecnologia graças a decisões ruins e excesso de burocracia.

—- • Siga o ‘Link’ no Twitter, no Facebook, no Google+no Tumblr e também no Instagram

Além de entrevistas com diversos ex-empregados da Microsoft, o jornalista Kurt Eichenwald teve acesso também a emails internos da empresa. O artigo, chamado “A década perdida da Microsoft”, “poderia ser usado em escolas de administração como estudo das armadilhas do sucesso”.

De acordo com a reportagem, um sistema que exigia que cada departamento produzisse um ranking de desempenho dos seus funcionários foi um dos maiores responsáveis por produzir uma cultura onde “o foco dos empregados era competir entre si em vez de competir com outras empresas”.

A matéria defende que essa mentalidade tirou o foco da inovação. Um ex-gerente de marketing que trabalhou na empresa por 16 anos exemplifica na matéria: “Você olha para o Windows Phone e fica se perguntando ‘Como foi que a Microsoft desperdiçou a liderança que tinha com os aparelhos Windows CE [sistema operacional móvel desenvolvido em meados dos anos 90]? Eles estavam anos luz na frente. E jogaram tudo fora… por causa da burocracia.”

Segundo um programador entrevistado pela reportagem, Bill Gates não aprovou um e-reader em 1998 “porque não gostou da interface de usuário, porque ela não parecia como o Windows”.

Publicidade

“Eles costumavam apontar o dedo para a IBM e rir”, diz Bill Hill, ex-gerente da Microsoft. “Agora eles se tornaram aquilo que desprezavam”.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.