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A leitura digital segundo Ray Kurzweil

Por Rafael Cabral
Atualização:

Com tanto burburinho em cima das previsões malucas do Ray Kurzweil, as pessoas acabam se esquecendo que ele é um dos maiores inventores vivos e uma das pessoas mais importantes no desenvolvimento da leitura digital. Em 1974, o cientista liderou sua empresa na criação do primeiro sistema de reconhecimento óptico de caracteres que aceitava texto em qualquer fonte e, dois anos depois, divulgou o primeiro computador que tinha a habilidade de ler para os cegos.

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A novidade é que Kurzweil, antes dedicado apenas aos dispositivos para deficientes, agora decidiu apostar no grande público e lançar um programa para ler e-books, na esteira do sucesso de e-readers como o Kindle e às vésperas dos tablets entrarem no mercado.

Com um preview marcado para a CES, o Blio não é um e-reader físico, mas um software desenhado para se integrar em qualquer dispositivo. Desenvolvido pela K-NFB Reader, a companhia de reconhecimento de voz de Kurzweil, o programa tem como objetivo aumentar as possibilidades dos leitores eletrônicos, que hoje se limitam a reproduzir um fac-símile digital do livro físico. “Os e-readers hoje são muito primitivos”, alfinetou Kurzweil, em entrevista à Wired.

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O aplicativo mostra fotos coloridas, gráficos interativos e testes dentro do e-book, tornando-o multimídia. Além disso, ele leva as experiências de leitura em voz alta feitas por Kurzweil desde os anos 70 para os e-readers. A empresa já tem parcerias com Nokia, para desenvolver uma versão compatível com celulares e smartphones, e com o Google, para fornecer o conteúdo do projeto Google Books. O download do programa compatível com PCs, iPod Touch e iPhone será gratuito e está programado para daqui um mês.

Abaixo, você vê uma entrevista com Kurzweil, feita pela CNET, em que ele explica e demonstra as capacidades do Blio:

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Leia também:Vida Digital – Kurzweil: “No futuro, as cabeças estarão em rede”

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