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A realidade simulada na Campus Party

Na feira, criador de simuladores desenvolveu tecnologia pela vontade de ter experiência mais real

Por Vinicius Felix
Atualização:
 

Criador de simuladores desenvolveu tecnologia pela vontade de ter experiência mais real

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SÃO PAULO – Nos palcos da Campus Party se apresentam nomes que são exemplos profissionais para os participantes, seja Nolan Bushnell, fundador da Atari, ou Eike Batista, que participou nesta sexta-feira. Mas, escondido de qualquer holofote, Leandro Tercette, tem uma história que inspiraria muitos do que ambicionam ter um negócio próprio.

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Tercette cuida da Simuladores Profissionais, que na Campus Party disponibiliza gratuitamente três simuladores (dois de carro e um de montanha russa). Cerca de 600 pessoas passam pelo estande durante cada dia do evento.

A paixão por automobilismo veio de garoto, seu o pai tinha um kart e ele era um fã do Senna. Quando Tercette descobriu os simuladores virtuais ficou fascinado. “Comprei um volantinho barato no começo, mas queria algo mais real”, diz. Pesquisando por simuladores melhores, não encontrou nada e decidiu que ia fazer o seu usando material de serralheria  O resultado, na definição do criador, foi grotesco.

Seguindo no hobby, enquanto ele trabalhava com o pai, ele encontrou um projeto do Japão que era o sonho dele. Encontrou em contato com o fabricantes, mas achou muito caro. “R$25 mil por dois pistões , uma caixa de controle e um software?”. Seguindo o modelo japonês e estudando, Tercette conseguiu criar um modelo melhor, utilizando um atuador e um plugin que transforma as informações de telemetria do jogo em movimento no atuador.

Os primeiros atuadores que ele fez suportavam apenas 10 quilos; para efeito de comparação, o simulador de montanha-russa da Campus Party suporta até 3 mil quilos. “Desenvolvi uma trabalho mecatrônica antes de conhecer o termo”, explica Leandro, que saiu da produção feita no seu quarto para ter um negócio real vendendo os simuladores.

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Para a próxima Campus Party a ideia é trazer um simulador X-Pod, que tem seis eixos, ao invés de dois, e consegue simular inclinação, rolagem, elevação, rotação, aceleração lateral e longitudinal. “É o mesmo simulador que usam na Fórmula-1. Comparado ao de dois eixos seria o mesmo que trocar uma TV preto e branco por uma uma com Full HD”, explica Tercette.

De acordo com ele, um simulador com essa sofisticação vindo da Holanda, país referencia na área de simuladores, chega ao Brasil custando cerca de 1 milhão de euros.

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