A resposta do MinC

Ministério da Cultura divulga nota sobre a acusação de 'estatização' dos direitos autorais

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Por Tatiana Mello Dias
Atualização:

Um dia após entidades de artistas lançarem um Comitê contra a reforma na lei de direitos autorais, o Ministério da Cultura publicou em seu site o texto “Esclarecimentos à sociedade sobre a revisão da Lei de Direito Autoral”.

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Embora não cite nominalmente o lançamento do movimento na segunda-feira (12), o MinC tenta esclarecer o ponto crítico que despertou a ira das entidades: a criação de um institudo público de direitos autorais.

Diz o esclarecimento:

Antes mesmo de conhecer a proposta final, alguns setores tem manifestado suas discordâncias, especialmente no que tange uma possível supervisão estatal nas sociedades de gestão coletiva. Nossa proposta é que o Estado retome seu papel no campo autoral, corrigindo distorção que a lei vigente criou ao destituir o poder público de meios adequados para atuar na regulação de matéria de tamanha importância. Atualmente o Brasil é um dos raros países democráticos do mundo que não tem poder de regulação nessa seara (…) O papel de regulação e supervisão, no entanto, não pode ser confundido com uma pretensa “estatização” dos direitos autorais, que assumiria, para alguns que buscam deturpar essa proposta, a face da “estatização” da arrecadação dos direitos autorais. Não há qualquer fundamentação nessa assertiva. (…) A arrecadação e distribuição de direitos autorais, nesse sentido, permanecerão por conta das entidades de gestão coletiva de direitos autorais. Caberá ao Estado apenas recuperar seu papel de órgão supervisor e regulador dessas entidades (e não do serviço em si), inclusive assegurando aos autores que suas entidades estão de fato lhes representando, e dissuadindo a realização de práticas abusivas. Não será, assim, criado nenhum órgão público de arrecadação de direitos autorais. A nova proposta nada tem de intervencionista, até porque não cabe ao Estado gerir direitos privados, como é o caso do direito de autor”

Leia o texto completo aqui.

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