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África do Sul quer proibir BBM

Serviço de mensagens do BlackBerry está sendo usado para organizar protestos e saques no mundo todo

Por Rafael Cabral
Atualização:

Serviço de mensagens do BlackBerry está sendo usado para organizar protestos e saques no mundo todo

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SÃO PAULO – Arábia Saudita, Índia e até a Inglaterra já pediram acesso a mensagens trocadas pelo aplicativo BBM, e agora a África do Sul também entra na lista. O país pode ser o próximo a criar uma regulamentação interna para obrigar a Research in Motion (RIM) — fabricante dos BlackBerrys — a liberar o acesso do governo à rede de comunicação, que foi apropriada por manifestantes de todo o mundo por criptografar mensagens entre dois remetentes e dificultar a identificação dos envolvidos.

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A decisão da África do Sul segue a linha adotada pela Inglaterra após os protestos em Londres, no mês passado, quando o primeiro-ministro David Cameron chegou a anunciar que poderia cortar o acesso a redes sociais para conter os saques e a violência. Posteriormente, o político se encontrou com representantes de empresas como Twitter e a própria Research in Motion, que agora devem cooperar de forma mais próxima com a polícia.

Em toda a África do Sul e Arábia Saudita o comunicador instantâneo foi também usado para organizar protestos espontâneos da sociedade civil e contornar a vigilância de governos fechados, e por razões de segurança já chegou a ser proibido na Índia e nos Emirados Árabes Unidos.

O ministro de comunicações sul-africano Obed Bapela afirmou que “existe evidência que criminosos estejam usando o BBM para organizar assaltos”, e por isso o governo gostaria de ter acesso privilegiado às mensagens.

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