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Alemanha discute privacidade e Street View com Google

País quer regulamentar a coleta e uso de imagens geográficas

Por Agências
Atualização:

Autoridades alemãs se reuniram com representantes de empresas de Internet nesta segunda-feira para tentar conciliar as severas regras de proteção a dados do país com serviços como o sistema de mapeamento Street View, do Google.

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Ilse Aigner, ministra da Proteção ao Consumidor, que já entrou em confronto com o site de redes sociais Facebook devido à maneira pela qual o site administra os dados de seus usuários, disse a um jornal que prevê legislação mais dura capaz de cobrir algumas das ambições do Google.

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“Devemos regulamentar legalmente a coleta e uso de dados de imagens geográficas”, disse ela ao diário Tagesspiegel, acrescentando que sente que autorregulação pelas empresas não basta.

Isso ecoa a opinião de centenas de milhares de alemães que solicitaram que suas casas sejam excluídas do serviço do Google, que utiliza frotas de veículos equipados com câmeras para registrar fotos panorâmicas de cidades ao nível do solo para seu atlas online.

O governo alemão tem criticado o StreetView e anunciou que vai avaliar a promessa do Google de respeitar as solicitações de privacidade, por meio da exclusão daqueles que não desejem participar do projeto. Os alemães têm prazo até 15 de outubro para optar pela exclusão.

No entanto, o ministro do Interior, Thomas de Maiziere, anfitrião da reunião que teve participação do Google, ofereceu perspectiva mais positiva quanto às chances da empresa manter o projeto, dizendo que não se deve esperar uma proibição direta da coleta de material.

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“O direito geral de ser contra a publicação de imagens obtidas de lado ou de cima não será instituído”, disse ele à rede de TV ZDF, na segunda-feira. O ministro afirmou considerar que o projeto é sensato, desde que mantenha a privacidade de alguns dados.

“Se perfis pessoais específicos foram criados, ou ao menos distribuídos e publicados, o limite terá sido excedido”, disse. “Nesse caso precisaremos regulamentar por meio de uma proibição, direito de pedir exclusão e, se necessário, o direito de solicitar indenização.”

/ REUTERS

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