Anatel defende compartilhamento de infraestrutura entre teles

"É impossível ter cobertura boa sem um compartilhamento entre as teles para garantir o acesso" , diz presidente da TIM

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Por Agências
Atualização:

“É impossível ter cobertura boa sem um compartilhamento entre as teles para garantir o acesso” , diz presidente da TIM

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SÃO PAULO – Dia 8 de outubro se encerra a audiência pública para o Plano Geral de Metas de Competição da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). O debate tem sido intenso, segundo o conselheiro da Anatel, João Batista de Rezende, que espera que entre os pontos do novo cenário de competição haja maior compartilhamento de infraestrutura pelas operadoras. “É importante que a agência não deixe que o esforço das empresas de ampliar a infraestrutura encareça a conta para o consumidor. Por isso, a necessidade de compartilhamento”, defendeu Rezende em um painel de debate no Futurecom, em São Paulo.

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Na avaliação do conselheiro, as empresas que operam hoje no Brasil ainda não estão preparadas de modo transparente para compartilhar entre si suas capacidades. “Estamos propondo que se crie uma entidade para negociação da oferta no atacado. Se as empresas não se entenderem, teremos que intervir, o que é ruim”, avisou Rezende.

A proposta encontra eco no presidente da TIM, Luca Luciani. “É impossível ter cobertura boa sem um compartilhamento entre as teles para garantir o acesso.” Para ilustrar, o executivo comentou que após quase quatro anos de investimentos em rede 3G ainda 80% da população não possui um aparelho celular que possa acessar internet móvel. “A verdade é que não temos uma cobertura boa no País, e só 20% da população alcança a internet móvel”, afirmou Luciani.

Rezende citou ainda “grandes avanços”, referindo-se à sanção pela presidente Dilma Rousseff na noite de ontem do novo regulamento para TV paga e também o regime especial para construção de novas redes de fibra ótica, anunciado pelo Ministério das Comunicações, com isenção de PIS/Cofins em equipamentos.

O executivo da TIM aproveitou para criticar os fabricantes em geral, dizendo que eles “não conseguem entregar o que pedimos”. Na avaliação do italiano, não é possível massificar banda larga com smartphones a pelo menos R$ 250. “A diferença nesse mercado é a massa que faz. A solução seria um smartphone abaixo de R$ 100″.

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O conselheiro da Anatel ressaltou a exigência de garantia mínima de taxa de acesso (download), medida que conta com o apoio da presidente Dilma Rousseff. “As empresas reclamam, mas a garantia mínima é muito importante para o consumidor”.

/Luana Pavani (EFE)

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