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Apple Watch tem tudo para conquistar o mundo da moda

Com design que inspira desejo e modelos para diferentes estilos, aparelho começa a suprir a carência de um mercado ávido pela inovação da tecnologia vestível

Por Redação Link
Atualização:
 

Giovana RomaniEditora de moda do Estado

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Difícil não se deixar levar pelo vídeo magnético que apresenta o Apple Watch no YouTube. Na tela, imagens do relógio ganham força com a narração do designer britânico Jony Ive, o “pai” do novo aparelho. “Estamos introduzindo um nível incomparável de inovação tecnológica combinado a um design que se conecta com quem o usa de modo íntimo tanto para abraçar a individualidade quanto para inspirar desejo”, diz ele, nos minutos iniciais. Em uma frase, o criador – e vice-presidente sênior da Apple – consegue resumir tudo aquilo de que a turma da moda anda sedenta há anos: enfim, a tecnologia vestível traz roupas e acessórios funcionais, sim, mas esteticamente bonitos e usáveis também.

Não surpreende, portanto, que tenha sido a revista Vogue America a escolhida para a publicação do primeiro anúncio do Apple Watch (com 12 páginas). Está claro: a empresa quer posicionar o relógio como um acessório fashion. Convidou editores e blogueiros para visitar sua sede na Califórnia, preparou apresentações especiais do relógio para Karl Lagerfeld (o poderoso da Chanel) e Anna Wintour (a poderosa da Vogue) e armou um grande jantar para estilistas em Paris.

É certo que Steve Jobs conquistou essa turma quase vinte anos atrás com o design vanguardista e simples de seus produtos. E quem ainda não estava convencido caiu de amores mais recentemente pelo iPhone – quase um tecnológico vestível, já que não sai das mãos e do alcance dos olhos. Ao que tudo indica, o Apple Watch pode unir moda e tecnologia como nunca antes. Isso porque um antecessor que fez barulho, o Google Glass, acabou não decolando por motivos práticos e estéticos. No caso do relógio, a infinidade de displays de tela disponíveis, as diversas opções de pulseira e os três tipos de mostradores ajudam – o preço do modelo de ouro, aliás, começa em US$ 10 mil e prova que a Apple entrou para valer no mercado de luxo.

Mas, mais do que o design, o aparelho pode trazer algo novo para a moda: a personalização a um nível tão extremo que é capaz de tornar o acessório uma parte de quem o usa, como uma segunda pele – e um segundo cérebro. A tecnologia vestível finalmente parece dar seus primeiros passos firmes. A moda, porém, tem muitos caprichos e variáveis e é sempre difícil cravar o que pode cair nas graças do consumidor. Se o Apple Watch vai pegar ou não, só o tempo dirá.

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