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Até quando o termo netbook fará sentido?

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Por Redação
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Um estudo divulgado nesta semana constatou que 60% dos consumidores norte-americanos que adquiriram um netbook ao invés de um notebook, pensavam que o netbook teria as mesmas funcionalidades de um notebook. Ele seria apenas menor, acreditavam os consumidores. Mas as coisas não são bem assim – quer dizer, ao menos, não eram.

Quando o pequeno, leve e barato EeePC 701 surgiu, muitos não o levaram a sério. Entretanto, o público aderiu em massa à novidade. Em pouco tempo, ele havia vendido mais de um milhão de unidades. E a Asus, sua fabricante, tinha diversos truques para economizar no preço. Entre eles, a tela era bem pequena, só 7 polegadas, e ele não tinha disco rígido (os arquivos ficavam armazenados em um disco de estado sólido, SSD, similar aos populares pendrives, com apenas 1,5 GB de espaço). Em suma, ele era um navegador com teclado.

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Assim, aos poucos, os fabricantes perceberam que os consumidores queriam mais dessas maquininhas – e elas evoluíram. A própria Asus oferece hoje modelos que em nada lembram o netbook pioneiro. O EeePC 1002 (atualmente disponível no Brasil), por exemplo, oferece tela de 10 polegadas e HD de 160 GB. Mas as coisas não param por aí. A Asus já apresentou, lá fora, o EeePC 1004DN que vai ter até drive óptico, que lê e grava CDs e DVDs. Quer dizer, entre o primeiro modelo e os últimos lançamentos, os netbooks se transformaram completamente. As mudanças – que devem continuar, com o processador gráfico Ion, da Nvidia, por exemplo – foram vastas e tão profundas que é difícil perceber ou entender o que ainda os diferem dos notebooks. Então, até quando o termo netbook fará sentido?

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“Atualmente há pouca coisa que você pode fazer em um notebook que não possa ser feita em um netbook. E essa distância está encolhendo”, disse ao Link Rod Ederle, presidente da consultoria norte-americana Ederle Group, no início de maio. Mas, voltando à pergunta, apesar de algumas falhas de comunicação o termo (associado pelos consumidores a portabilidade, 60% a apontam como o principal motivo para a compra) caiu no gosto do público e sua aposentadoria é bastante improvável. No ano passado, cerca de 12 milhões de netbooks foram vendidos em todo o mundo, superando com folga as previsões iniciais. Para este ano, a consultoria ABI Research calcula que esse número deve chegar a 35 milhões. Ainda de acordo com a ABI serão 139 milhões em 2013.

E se você chegou até aqui sem saber se os netbooks foram feitos ou não para você, basta responder duas perguntas. Preciso de um equipamento mais prático, discreto e portátil do que um notebook? E que ofereça mais conforto e facilidade de navegação na web do que um smartphone? Se você respondeu sim para essas duas perguntas, é grande a chance de que um netbook seja o que você está procurando.

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