Ativistas marroquinos processam Facebook

Eles acusam o site de fechar grupo de discussão que defende libertação das cidades espanholas Ceuta e Melilla

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Por Agências
Atualização:

Cinco jovens marroquinos apresentaram nesta quinta-feira, 15, na cidade de Rabat uma denúncia contra o Facebook pelo suposto fechamento do grupo “Liberdade para Ceuta e Melilla”, administrado por eles e criado para reivindicar as cidades autônomas espanholas como pertercentes ao Marrocos.

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A denúncia registrada no Tribunal de Primeira Instância da capital marroquina pretende realizar uma investigação transparente do fechamento do grupo no dia 9, bem como das contas dos administradores, disse o advogado dos usuários Mohamed Hadach à agência EFE.

A rede social comunicou na semana passada que o motivo da suspensão foi o suposto “ataque contra o direito internacional”, algo que os usuários consideram “injustificado”. Segundo o advogado, o Facebook abandona a sua neutralidade e se posiciona contra a causa defendida por seus clientes.

Dois deles, Mohamed Said Susi e Mohamed Hamed Ali, conseguiram restabelecer suas contas há três dias, quando o grupo “contra a ocupação espanhola” também voltou ao ar. Outros três administradores não puderam reativar seus perfis segundo Hadach.

Comentários de um dos administradores dizendo apoiar “qualquer atentado terrorista contra a Espanha” não são verdadeiros segundo o advogado. O surgimento deles se deve a uma “manipulação e infiltração ilegais, que devem ser investigadas”, defende. Ele acrescentou que pretender coordenar o caso com advogados dos Estados Unidos para levá-lo para a Justiça norte-americana.

Para Susi, um dos administradores, a comunidade não era mais do que “um espaço de diálogo civilizado, longe da violência e do extremismo”, e com sua suspensão temporal o Facebook “se fez de cúmplice do Estado colonial espanhol” e fortaleceu “a fé do grupo na sua causa”.

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O “Comitê Nacional para a liberação de Ceuta e Melilla”, do qual os administradores fazem parte, pretende fazer do caso uma acusação popular. Em comunicado, o Comitê diz que o fechamento do grupo no Facebook é um comportamento “parecido ao de regimes ditatoriais” e não dá às vítimas oportunidade de se defender.

(EFE)

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