Biblioteca do Congresso dos EUA deixa de 'arquivar' todos os tuítes

Instituição alega que o volume de dados diário é muito alto, por isso vai passar a selecionar somente os tuítes mais relevantes

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Por Redação Link
Atualização:
Rede social busca flexibilizar limite de caracteres para tentar voltar a crescer, no entanto, mudança aumentou o volume de dados diários produzidos pela rede social. Foto: Kacper Pempel/Reuters

A Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos anunciou nesta semana uma mudança em sua norma de armazenamento de mensagens publicadas na rede social de interesses Twitter. A partir de agora, em vez de armazenar todas as mensagens publicadas no site, a empresa vai preservar somente as mensagens mais relevantes. A mudança valerá a partir de janeiro.

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Em 2010, a instituição havia anunciado que iria armazenar todos os tuítes publicados na rede social até então e daquele ponto em diante. Desde então, todas as mensagens públicas do Twitter têm sido armazenadas.

De acordo com o informe divulgado pelo órgão, a mudança acontece em parte por causa do alto volume de dados, já que diariamente são postados muitos tuítes e eles agora podem ter o dobro do tamanho original, devido ao aumento da quantidade de caracteres de 140 para 280, no início de novembro.

Outra razão apontada pelo órgão foi a necessidade de realmente preservar conteúdo relevante. Até então, a instituição salvava somente o texto dos tuítes, então fotos, vídeos e links eram deixados de fora do registro. Com a seleção, essa parte importante de contexto poderá ser incluída no acervo.

No entanto, isso não significa que os bibliotecários pensam que o armazenamento dos tuítes por quase uma década tenha sido insignificante. A nota da Biblioteca do Congresso deixa claro a importância de se ter registro do período em que as redes sociais se estabeleceram e passaram a moldar o discurso público e privado.

No futuro, as decisões envolvendo a preservação dos tuítes serão tomadas com base nas regras já estabelecidas pela instituição para outras áreas do arquivo. Por enquanto, a Biblioteca ainda não definiu qual a melhor forma de liberar ao público os tuítes já arquivados.

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