O Brasil é o país da América Latina que tem maior penetração da banda larga móvel entre os usuários conectados, segundo uma pesquisa feita pela Frost & Sullivan. São 15 milhões de conexões desse tipo, o que corresponde a aproximadamente 3% da população da região.
Mas quantidade não é qualidade. O estudo também mostra que o Brasil é líder em custos nesse tipo de serviço, principalmente por causa da alta carga tributária. E, na análise da empresa, a média da velocidade da internet móvel na América Latina é baixa: entre 128 e 256 kilobits por segundo (Kbps).
Devido à limitada cobertura oferecida pelos serviços de banda larga fixa, como o DSL e o cable modem, a Frost & Sullivan aposta que a banda larga móvel irá superar a fixa nos próximos anos. A empresa espera que em 2015 a banda larga móvel chegue a 40% do total da população.
“Os investimentos na rede de banda larga móvel, a crescente necessidade por conexões móveis, o aumento do uso de aparelhos que possuem conectividade 3G – como smartphones, tablets e e-readers – e a escassa cobertura da banda larga fixa serão os principais motores desse mercado nos próximos anos”, explica José Roberto Mavignier, gerenciador da área de indústria da Frost & Sullivan.
A elevada carga de impostos e o atraso dos órgão reguladores para definir questões importantes que interferem no mercado de tecnologia estão entre os maiores desafios listados pela empresa para o crescimento da banda larga móvel na América Latina.