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Brasil na ROFLCon \o/

Criadora do festival YouPix foi ao principal convenção de cultura web do mundo falar sobre a experiência brasileira

Por Redação Link
Atualização:

Criadora do festival de internet YouPix, Bia Granja foi ao ROFLCon – principal convenção de cultura web do mundo, no MIT – falar sobre a experiência brasileira. E conta para o ‘Link’ como foi participar do evento

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Bia Granja, especial para o Estado

SÃO PAULO – Você está sentado em uma sala enorme, dentro de um dos maiores espaços acadêmicos do mundo, assistindo a alguns dos mais importantes ativistas e empresários do mundo digital discutirem acaloradamente sobre a questão da liberdade e censura na internet. Em um dado momento, do nada, levanta um senhor da plateia vestido apenas com um collant luminoso e disserta longamente sobre o papel dos partidos políticos americanos conservadores nesse cenário. E ninguém acha estranho!

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Bem-vindo à ROFLCon, conferência que discute e celebra a cultura de internet e suas manifestações… Onde momentos como este são surrealmente normais.

Por dois dias, pensadores, empresários e pessoas que ficaram famosas por conta da internet circulam pelos corredores do Massachusetts Institute of Technology (MIT), entre os três palcos do evento, que ocorreu nos dias 4 e 5. Há poucos eventos no mundo que têm a cara de pau de misturar a academia com humor – e esse é o pulo do Lolcat da ROFLCon (a sigla se refere à gíria da internet “rolando de rir no chão”, em inglês).

O cara de collant é o Tron Guy, que ficou famoso por se fantasiar como se estivesse no filme nerd Tron (1982). A seu lado está Paul “Double Rainbow” Vasquez e mais adiante, atendendo a fãs loucos por uma foto (eu inclusa), Antoine Dodson, o Bed Intruder Guy. Mais à frente, o protagonista do viral Where The Hell is Matt conversa com o autor do vídeo “Evolution of Dance” e o criador do Keyboard Cat. Outra hora, duas crianças – David After Dentist e o Success Kid – , são paparicadas enquanto os pais conversam com um dos editores do site Know Your Meme.

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É uma pequena amostra da fauna que é baixada diretamente da rede para os corredores do MIT. São exemplos da materialização de uma força típica da internet: o poder de criar uma nova cultura. Na ROFLCon, agentes dessa revolução se encontram e celebram sua própria linguagem, criatividade e personagens, mesmo que usando collants desagradavelmente justos.

O evento bienal nasceu como uma piada interna em 2008. Estive na segunda edição, em 2010, como espectadora. Fiquei deslumbrada com o que vi e saí me questionando se um dia nossa cultura web teria força e repertório suficientes pra ser tão relevante e rica quanto aquela.

A resposta veio esse ano, quando fui convidada pelo evento para falar da nossa cultura de internet e tentar explicar por que somos uma das comunidades mais ativas online. Fui apresentada assim: “Bia Granja, curadora do YouPix, um ROFLcon brasileiro, só que seis vezes maior!”. \o/

Levei para lá nossos melhores momentos (“Mamilos”, “Tenso”) e até fiz o público cantar “Sou Foda”, além de terminar pedindo ajuda para que a Sonia do Iutubiú conseguisse, finalmente, falar “YouTube”!

Mesmo sendo a sétima maior base de usuários de internet do mundo, já somos o segundo país em número de usuários no Facebook, no Twitter e no Tumblr!No Google+, já estamos no terceiro lugar do ranking e Rafinha Bastos é a pessoa mais influente do Twitter no mundo inteiro.

Parece que temos por aqui um “clique de Midas”: todo o site onde colocamos nossos mouses vira, automaticamente, nosso! ;-)

—-Leia mais: • Link no papel – 14/05/2012

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