O diretor de soluções móveis da Nokia, Anssi Vanjoki, anunciou nesta segunda-feira, 13, que vai deixar a empresa, três dias depois do maior fabricante de celulares do mundo anunciar a troca do CEO em uma tentativa de se tornar mais competitiva.
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Vanjoki é membro do conselho e responsável pela área de telefones avançados — uma área que a Nokia tem tido dificuldade em melhorar e rivaliza com os telefones da Apple, com os BlackBerrys da Research in Motion e com o Android do Google.
Ele ainda vai continuar na empresa por um período de transição de 6 meses, disse a Nokia.
A partida de Vanjoki acontece depois de a Nokia anunciar na sexta-feira a substituição do CEO Olli-Pekka Kallasvuo pelo executivo da Microsoft Stephen Elop a partir do dia 21 de setembro.
As ações da Nokia fecharam em alta de 1,3%, valendo US$ 10,10, na Bolsa de Valores de Helsinque, Finlândia.
Com as ações em queda de mais de 20% este anos, depois de dois anúncios de baixa nos lucros, a gerência da empresa passou a ser cada vez mais pressionada pelos investidores.
A Nokia tem ficado para traz, especificamente no segmento de smartphones, e para o analista Greger Johansson, da Redeye, algumas pessoas dentro da empresa têm culpado Vanjoki pelas falhas.
Ele disse que Vanjoki antes era tido como potencial sucessor do ex-CEO Kallasvuo, mas se afastou do topo da gerência quando a empresa reformulou as responsabilidades este ano e apontou Mary McDowell como diretora da área de celulares.
No entanto, o analista diz que as mudanças serão positivas. “Abre espaço para criar mudanças”, afirmou Johansson. “Estão começando a trazer mais pessoas com a habilidade certa.”
Vanjoki, que entrou para a Nokia há 20 anos, é membro do conselho desde 1998. Antes de seu cargo atual, ele ocupou as divisões de mercados e de multimídia.
A Nokia tem previstou um crescimento do mercado de celulares de 10% este ano, mas o seu próprio crescimento deve ficar estagnado, enquanto que a joint venture Nokia Siemens continua a ver perdas nos rendimentos.
A empresa usa o sistema operacional Symbian em seus smartphones, mais antigo que o software da Apple e não foi desenvolvido desde o início para telefones com telas de toque. A maioria dos outros fabricantes que usam Symbian trocaram o sistema pelo Android.
A Nokia também tem tido problemas no mercado norte-americado, onde está o pior desempenho da empresa, apesar de ser uma prioridade.
“Sinto que chegou a hora de procurar novas oportunidades na minha vida”, disse Vanjoki. “Ao mesmo tempo, estou 100% comprometido em dar o melhor de mim até o meu último dia de trabalho na Nokia.”
A sede da Nokia fica na cidade de Espoo, perto de Helsinque. A empresa tem 130 mil funcionários ao redor do mundo.
(Associated Press)
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