Celulares como rastreadores de comportamento

Um estudo do Santa Fe Institute e do Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos EUA, pode revolucionar a maneira como pesquisadores estudam o comportamento humano.

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Por Tatiana Mello Dias
Atualização:

Noventa e quatro voluntários do MIT receberam celulares adaptados com um software de monitoramento de chamadas e Bluetooth para identificar quando estiverem próximos de outros aparelhos.

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A partir de então, os pesquisadores começaram a monitorar o dia a dia dessas pessoas. Eles puderam precisar em 95% das vezes a localização de um voluntário. A partir dessa referência, os padrões de comportamento daquelas pessoas foram estudados.

Se dois aparelhos ficam próximos durante os dias úteis, em horários de expediente, fica claro que os voluntários são colegas de trabalho. Mas, se eles se encontram também no sábado, provavelmente eles são amigos. “Podemos dizer que é como uma assinatura de comportamento”, disse Nathan Eagle, do Santa Fe Institute.

Os cientistas perceberam que os voluntários que haviam declarado não gostar do trabalho tinham menos amigos nas proximidades e ligavam mais para os amigos durante o horário de expediente.

A pesquisa, segundo seus autores, mostrou que o uso celulares e gadgets pode ajudar a monitorar as nuances do comportamento humano. A técnica poderia, inclusive, substituir as entrevistas que normalmente são feitas nesse tipo de pesquisa.

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