Cerco aos aplicativos

Facebook passa a exigir que aplicativos e sites digam aos usuários a quais dados pessoais terão acesso

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Por Carla Peralva
Atualização:

O Facebook parece ter ouvido ao torrencial de reclamações sobre sua política de privacidade. Se, em maio, o CEO Mark Zuckerberg atendeu aos pedidos de simplificação das configurações de privacidade dos dados dentro da própria rede social, agora, é a vez de os aplicativos e os sites que usam os plugins sociais do site deixarem claro a que informações eles têm acesso.

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O Facebook está lançando uma nova funcionalidade que requer que aplicativos externos e sites digam aos usuários exatamente quais dados de seu perfil serão compartilhados para que eles funcionem. Hoje, os apps já precisam pedir permissão para acessar qualquer informação não marcada como pública — isso pode incluir fotos, aniversários de amigos e endereço de e-mail. No entanto, esses serviços não eram obrigados de especificar quais informações eles estavam usando.

O usuário ainda não vai poder escolher o que eles querem compartilhar com os aplicativos, como pedia grande parte dos críticos à falta de privacidade do Facebook. Sabendo-se a quais dados os aplicativos terão acesso, o usuário, consciente, pode tomar a decisão de lhe permitir ou negar acesso.

Essas ações são a resposta da maior rede social do mundo (com quase meio bilhão de usuários) às reclamações formais feitas por entidades de defesa à privacidade e congressistas de todo o mundo sobre a função de “personalização instantânea”, que, a cada mudança dos termos de privacidade do Facebook, configurava automaticamente o perfil de todos os usuários para o modelo mais público possível. Mesmo com as recentes mudanças, muitos críticos dizem que os usuários ainda não têm controle suficiente sobre seus dados.

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