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Chatroulette cria filtro de pênis

32 profissionais vão monitorar as conversas para que imagens obscenas sejam imediatamente cortadas

Por Rafael Cabral
Atualização:
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Criado pelo russo Andrey Ternovskiy, então com 17 anos, o Chatroulette foi uma das febres passageiras de 2010. Simples, o site criava uma conexão aleatória com qualquer pessoa do mundo. Não era necessário nenhum tipo de cadastro, apenas ligar a webcam. E, se você não gostasse de quem aparecesse do outro lado, era só clicar em ‘next’ e outra pessoa surgiria.

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No auge da popularidade do site, o grupo de investimento russo Digital Sky Technologies — que tem partes do Facebook, Zynga e Groupon — até arriscou comprá-lo, mas Ternovskiy recusou a oferta — e depois de se arrependeu amargamente. Em poucos meses, os acessos tiveram uma queda impressionante e a plataforma foi largada às moscas, principalmente porque não conseguiu controlar o seu principal problema — a pornografia.

Ternovsky se consultou até com Shawn Fanning, o criador do Napster, para tentar resolver o “penis problem” do Chatroulette. Ainda assim, até o final de 2010, 89% dos usuários do Chatroulette eram homens, e a cada oito sessões de bate-papo eles se deparavam com outro homem pelado. A decadência foi inevitável e, em agosto de 2010, o Chatroulette saiu do ar, prometendo voltar quando a situação estivesse resolvida com algum tipo de tecnologia mágica ainda por ser inventada.

Agora, o site diz ter encontrado a solução. De acordo com a equipe do site, um sistema foi desenvolvido para identificar conteúdo pornográfico — em especial o pênis, o maior inimigo do Chatroulette — e evitar que ele seja exibido. Trinta e dois profissionais monitorarão as conversas e garantirão que imagens obscenas sejam imediatamente cortadas. Mas será que a essa altura alguém se anima em voltar para o Chatroulette?

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