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Clube do livro e bibliotecas são revisitados no formato digital

Claro Leitura, eReatah e Oi Bookstore usam conceitos tradicionais para popularizar hábito da leitura nas telas

Por Bruno Capelas
Atualização:

Claro Leitura, eReatah e Oi Bookstore usam conceitos tradicionais para popularizar hábito da leitura nas telas

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SÃO PAULO – O streaming de livros não é a única novidade surgida no mercado editorial digital nos últimos tempos. Em parceria com a Claro e a Oi, a distribuidora de livros digitais Xeriph lançou seu próprio serviço de biblioteca digital, no qual é possível ter acesso simultâneo a três livros por semana, com o pagamento de R$ 3,99. Para ter acesso a um quarto livro, é preciso devolver um volume que já esteja emprestado.

“Com essa operação, numa base de 120 milhões de clientes, podemos levar o livro a lugares que não têm uma livraria num raio de 30 quilômetros, como é o caso de algumas cidades no interior do Rio de Janeiro, por exemplo”, explica Duda Ernanny, fundador da empresa. “Queremos crescer ainda mais, com anuência das editoras, que estão sendo corajosas e tentando se reinventar.”

Segundo Ernanny, “as editoras ainda são as donas da matéria-prima do nosso serviço, e ouvi-las é muito importante, bem como aos consumidores”. Procuradas pela reportagem, Oi e Claro não revelam os números de usuários nem de livros lidos pelos programas, por considerarem os dados estratégicos.

Outro modelo recém-chegado ao mercado, mas bastante conhecido dos brasileiros, é o dos clubes dos livros, retomado pelo eReatah. Disponível para iOS e Android, o serviço tem um leitor digital próprio, com formato específico, e deixa os usuários baixarem entre dois e quatro livros por mês em seus planos de assinatura. O acervo do eReatah tem 85 mil títulos, e funciona de modo similar ao do Círculo do Livro, editora brasileira bastante popular nas décadas de 1970 e 1980, que oferecia edições a preços acessíveis, mas obrigava seus afiliados a comprarem no mínimo um livro por mês.

Talvez seja cedo para saber como estará o cenário da leitura nos próximos tempos. O mercado local é incipiente. Em 2012, foram vendidos 228 mil livros, gerando receita de R$ 3,6 milhões. Entretanto, os novos modelos de leitura, quando somados às bibliotecas livres de direito autoral e à venda de e-books de maneira tradicional, ajudam a incrementar o potencial dos livros eletrônicos no País.

—-Leia mais:Serviços de leitura online querem ser ‘Netflix dos livros’Link no papel – 4/11/2013

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