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Com o Switch, Nintendo vira o jogo

Design inovador e facilidade de uso, aliados a jogos de ícones como Mario e Zelda, ajudam empresa a se reerguer no mercado de videogames; para analistas, nova versão do console surpreendeu

04/11/2017 | 21h30

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 Por Bruno Capelas - O Estado de S. Paulo

O Nintendo Switch, em exposição em Nova York: tela pode ser separada dos controles e servir como TV para festas ao ar livre, por exemplo

Timothy Clary/AFP

O Nintendo Switch, em exposição em Nova York: tela pode ser separada dos controles e servir como TV para festas ao ar livre, por exemplo

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Quem joga, sabe: juntar moedas é um dos maiores segredos para conseguir uma nova vida nos jogos do encanador bigodudo Mario. Juntar US$ 1 bilhão, por sua vez, pode mostrar como a criadora do personagem, a Nintendo, está conseguindo se reerguer. Depois de amargar cinco anos fracos, três deles registrando prejuízo, a tradicional companhia japonesa de videogames pela primeira vez projeta um lucro de US$ 1,06 bilhão no atual ano fiscal, quase sete vezes o registrado em 2016. O segredo por trás da retomada tem nome: Switch, seu novo console.

Na última semana, a companhia divulgou que vendeu 7,6 milhões de unidades do aparelho em seis meses após seu lançamento. A meta, até março do ano que vem, quando se encerra seu ano fiscal, é vender 14 milhões de consoles – mais do que o Wii U conseguiu em quatro anos e meio no mercado. Por enquanto, o Switch não é vendido oficialmente no Brasil, mas pode ser encontrado no varejo popular por até R$ 2 mil; nos EUA, ele custa US$ 299.

Os números, porém, descrevem apenas uma parte do processo pelo qual a empresa passou nos últimos tempos. Após o fracasso do Wii U, a Nintendo se abriu para o mercado de smartphones, emplacando sucessos como Pokémon Go e Super Mario Run, e percebeu que podia voltar a inovar. “Com o Switch, a Nintendo voltou a ser legal”, resume André Pase, professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS).

Versátil. Parte disso se deve ao design do Switch (ver gráfico ao lado). “Vejo muita gente jogando o Switch na rua, como se fosse um portátil, mas ele também se dá bem na TV. É muito animador ver um videogame fazer isso”, avalia Ed Boon, criador do clássico game de luta Mortal Kombat – que ainda não ganhou uma versão para o console da Nintendo.

Além disso, seus controles são versáteis e podem ser usados por um jogador, divididos por amigos e até mesmo usados como bastões, como no antigo Wii, o maior sucesso da história da Nintendo.

A facilidade de uso também atrai jogadores. “Vivemos numa era em que temos muita coisa para aprender, e pouco tempo. A Nintendo já percebeu isso há algum tempo”, avalia Pedro Latorre, professor de design do Instituto de Tecnologia Mauá. 

Os 15 melhores jogos do Nintendo Switch

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The Legend of Zelda: Breath of the Wild

Foto: Nintendo

Título de lançamento do Switch, o novo Zelda pegou emprestadas características de jogos modernos (como o combate e o mundo aberto) e criou algo único, capaz de atrair tanto os fãs da franquia como novos jogadores. Para jogar por horas e horas. Leia o nosso review aqui. 

Sonic Mania

Foto: Sega

Sonic Mania, lançado em agosto deste ano, tem todo o espírito de um jogo do início dos anos 1990 -- não à toa, suas fases são recriações dos três primeiros games do ouriço azul da SEGA, quando a companhia ainda duelava com a Nintendo pelo reinado nos games. Felizmente, essa guerra hoje acabou em um grande jogo do Switch. Saiba mais sobre o jogo. 

Shovel Knight

Foto: Yacht Club Games

Outro game indie de sucesso recente, Shovel Knight já se parecia com velhos jogos do Nintendinho e do Super Nintendo, como Metroid e Castlevania, desde seu lançamento. Sua inclusão no Switch só reforça essa identidade, e o fato de poder ser levado para qualquer lugar deixa o game ainda mais viciante. 

Super Mario Odyssey

Foto: Nintendo

A nova aventura do encanador Mario é o grande jogo que os fãs esperavam desde Super Mario 64, lançado em 1996: um jogo com mundos maravilhosos, muita exploração e o carisma do encanador bigodudo, desta vez acompanhado de uma simpática boina animada. 

Stardew Valley

Foto: Stardew Valley

Stardew Valley nasceu como um discreto jogo para PC, uma homenagem ao clássico dos consoles Harvest Moon. Tanto no original como na bela releitura de 2016, a proposta é simples: viver e gerenciar sua fazenda e a vida no campo – em uma releitura contemporânea do ideal árcade de ‘fugere urbem’. Viciante, é o tipo de jogo que pode te fazer passar horas do Switch.

Snipperclips

Foto: SFB Games

Simpático jogo colaborativo, é um dos maiores sucessos independentes do Switch. A missão é simples: cada jogador é um pedaço de papel, que pode “recortar” o outro para que juntos, caibam em espaços específicos ou resolvam quebra-cabeças pelo cenário.

Mario Kart 8 Deluxe

Foto: Nintendo

Mario Kart 8 foi um dos melhores jogos do Wii U, e qualquer jogo da série é um bom argumento para comprar um novo videogame. Antes de ter tempo para lançar uma nova versão da série para o Switch, a Nintendo decidiu dar um “tapa” no jogo que pouca gente pôs nas mãos, e já o colocou para rodar no novo aparelho. Sorte nossa, que já podemos jogar cascos nos amigos com o Switch.

Rocket Fist

Foto: Bitten Toast Games

O primeiro game brasileiro do Switch é uma ótima pedida para quem quiser começar sua coleção. Espécie de “queimada com robôs”, Rocket Fist tem um modo campanha desafiante e ótima jogabilidade “multiplayer de sofá”, capaz de animar muitas festas. Leia o nosso review aqui. 

Minecraft: Switch Edition

Foto: Mojang

O maior hit da última década nos videogames também está presente no Switch. Além do potencial criativo com os blocos pixelizados, o game ganha aqui a participação de Mario e Luigi – e mostra como a Nintendo pode colaborar bem com outras empresas.

Oxenfree

Foto: Oxenfree

Cinco jovens exploram uma ilha misteriosa durante as férias. O que poderia ser uma homenagem a um enredo batido de filmes de terror, no entanto, resulta em um jogo muito bem escrito e misterioso. Um belo jogo para uma noite sombria de sábado – a um preço módico. Lançado em 2016 originalmente, Oxenfree também preenche uma lacuna importante no Switch: a dos jogos narrativos, ainda em falta no console. Leia o nosso review aqui. 

Mario + Rabbids: Kingdom Battle

Foto: Ubisoft

A parceria da Nintendo com a Ubisoft parecia improvável, mas deu certo: Mario + Rabbids é um jogo de estratégia com combates em turnos, cheio de bom humor e acessível para novatos – algo que poucos games do gênero conseguem. Leia o nosso review aqui. 

1-2 Switch

Foto: Nintendo

O game de demonstração do Switch é uma das melhores formas de convencer seu amigo que não joga a dar uma chance ao mundo dos jogos eletrônicos. Com muitos minigames divertidos, que exploram a versatilidade dos controles do aparelho, 1-2 Switch é uma ótima pedida para festas.

Splatoon 2

Foto: Nintendo

O jogo de paintball entre lulas foi um dos principais lançamentos do subestimado Wii U. Agora, no Switch, sua segunda iteração ganha finalmente o destaque que merece – e mostra como games de tiro podem ser divertidos sem serem exatamente violentos. 

FIFA 18

Foto: EA

A versão de FIFA 18 do Switch pode não ter muitos recursos que fazem a cabeça dos fãs da série de futebol da EA, como o Modo Jornada ou o Ultimate Team. Mas tem uma vantagem: pode ser levada para qualquer lugar, graças ao modo portátil do videogame. Só por isso, já vale. 

ARMS

Foto: Nintendo

Grata surpresa, o jogo de luta tem personagens divertidos e se destaca pela jogabilidade:  é possível enfrentar inimigos fazendo socos reais ou apertando botões. Além disso, tem ótimos modos de jogo alternativos, como o de basquete, no qual se pode “encestar” o adversário.

Recheio. Mais do que inovação e design, é preciso ter bom conteúdo. Basta ver o exemplo do sensor de gestos Kinect, da Microsoft, que falhou por não emplacar grandes jogos. 

O próprio Wii U não emplacou por conta disso, ao não ter uma sequência expressiva de lançamentos. “O jogador só aceita pagar algumas centenas de dólares por um videogame se souber que ele vai ter bons jogos no futuro”, explica Pase.

Com o Switch, a Nintendo aprendeu a lição: logo na estreia, trouxe um novo jogo da série The Legend of Zelda. Elogiado, Breath of the Wild é apontado pelos críticos como o melhor game da temporada. O jogo já vendeu 4,7 milhões de unidades – ou seja, dois em cada três donos de um Switch possui uma cópia.

Depois, a empresa enfileirou grandes lançamentos mensais. Entre eles, títulos como Mario Kart 8 Deluxe, ARMS, Splatoon 2 e Super Mario Odyssey – este último, lançado na semana passada, é uma nova aventura do encanador e pode roubar de Zelda o troféu de “jogo do ano”.

“O Switch pode não ter tantos jogos, mas eles têm um jogo relevante por mês, o que sustenta a atenção dos fãs”, diz o analista Mat Piscatella, da consultoria americana NPD Group.

Além disso, a Nintendo tem sido hábil em costurar parcerias. Em seu primeiro ano, o Switch vai receber versões dos populares jogos de esporte FIFA 18 e NBA 2K18, bem como títulos do porte de Doom, Skyrim e Wolfenstein II, da Bethesda, ou Minecraft, da Microsoft. A Ubisoft também criou um jogo que mistura os coelhos Rabbids com Mario, que gerou um maiores hits do Switch.

Segunda fase. Ainda é cedo, no entanto, para que a Nintendo cante vitória. A japonesa teve problemas para atender a demanda pelo Switch nos primeiros meses. “A meta de vender 14 milhões de aparelhos em um ano mostra que eles estão resolvendo isso, mas é bom ficar atento”, diz Piscatella.

Para os especialistas ouvidos pelo Estado, a empresa também precisa manter o ritmo de lançamentos de jogos e atingir o mercado de massa. “Por enquanto, o Switch só falou com os jogadores tradicionais”, diz o analista. “Ele precisa ser aquele videogame que você leva para a casa da sua avó e ele é tão bacana que até ela vai querer jogar.”

Confira, no infográfico abaixo, como o Switch funciona:

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  • Nintendo Switch

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