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Com projeto Ara; Motorola pode resgatar relevância

Por Ligia Aguilhar
Atualização:

SÃO PAULO – Na era dos computadores pessoais, se tornou comum a possibilidade de montar a própria máquina com as configurações desejadas. A Dell, por exemplo, se tornou referência no mercado adotando essa estratégia.

Fabricante do primeiro celular portátil da história, a Motorola não acompanhou o ritmo de inovação da indústria de smartphones, perdeu relevância e vem amargandoprejuízos. A receita deste ano foi 36% menor do que a de 2012, e o prejuízo operacional da empresa chegou US$ 248 milhões no 3º trimestre. Sob a batuta do Google, que comprou a companhia há dois anos, a Motorola vem investindo em desenvolvimento para se posicionar como uma terceira via no mercado de smartphones.

 

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Se der certo, o projeto Ara pode ser uma chance de a empresa criar um novo mercado, recuperar a relevância e até assumir o posto de lançadora de tendências da Apple. “A possibilidade de customizar o smartphone vai em direção ao que o cliente quer e ao que já acontece em outros segmentos, como o de roupas e calçados”, diz o diretor de telecom da Nielsen, Thiago Moreira.

Mas há desafios impostos pela própria indústria. “O design é hoje um dos três principais critérios para a compra de celulares, ao lado da durabilidade e da qualdiade do software”, diz Moreira. “O aparelho modular terá um design padrão e, por ir contra a moda, pode se tornar um produto restrito a um nicho do mercado.”

A exemplo do que aconteceu nos mercados de PCs e de software, com os sistemas Linux (aberto) e Microsoft (fechado), “o usuário comum pode preferir comprar algo pronto por não entender de tecnologia”, afirma Alexandre Antunes, do Portal Android. “Massificar o produto será mais um desafio”, diz.

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