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Começa o maior Congresso da mobilidade

No primeiro dia da Mobile World Congress, Nokia e Facebook abrem anunciando suas novas estratégias para o mundo móvel

Por Camilo Rocha
Atualização:

No primeiro dia da Mobile World Congress, Nokia e Facebook abrem anunciando suas novas estratégias para o mundo móvel

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BARCELONA – Para cada habitante da Terra, mais de três aparelhos móveis. Ainda não chegamos lá, mas estamos rapidamente a caminho. A projeção, feita para 2020, é da GSMA, organização responsável pelo Mobile World Congress, em Barcelona, o maior evento de tecnologia móvel do mundo. O estudo, divulgado nesta segunda-feira, 27, durante o primeiro do MWC, calcula ainda que o impacto financeiro do setor em 2020 totalizará US$ 4,5 trilhões.

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Espalhados pelos sete enormes pavilhões, estandes dos principais atores de uma das indústrias mais fortes e influentes do mundo atualmente (exceto a Apple, que não é de se misturar) dividem espaço com minúsculas banquinhas de start-ups de aplicativos. Aqui serão anunciados produtos e estratégias globais para os próximos doze meses.

Veja no blog do Homem-Objeto alguns dos principais produtos esperados para o evento.

O grande evento do primeiro dia começou quase junto com a feira. Era pouco depois das 8h30 da manhã quando o CEO da Nokia, Stephen Elop, subiu ao palco.

O conceito da apresentação da Nokia pode ser explicado através de uma frase que Elop usou para definir o ano que passou: “Mudamos nossa estratégia e de maneira agressiva”.

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Parte significativa dessa estratégia agressiva acontece com o suporte de outro gigante, a Microsoft. A companhia exibiu os quatro modelos da série Lumia, 610, 710, 800 e 900, todos com Windows Phone, como prioridades mundiais.

Os telefones foram lançados na Europa no fim do ano passado e o Lumia 900 foi exibido com ótima repercussão na CES 2012, nos EUA. Elop relata números que mostram o sucesso da nova família nos mercados onde saiu até agora, citando até um “momento iPhone” (sem usar essa frase, claro) em Cingapura, onde filas se formaram no dia do lançamento.

Agora, o Lumia quer ganhar o planeta. Um mapa da China aparece no telão. A Nokia diz apostar muito no potencial de seus Lumias com Windows no país asiático. A América Latina também é mencionada.

Os preços europeus sugeridos do Lumia começam em 189 euros (cerca de R$ 435) para o 610 e vão até 480 euros (R$ 1100) para o modelo 900.

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Dando sequência aos planos de dominação mundial da Nokia é apresentada a série Asha. Os aparelhos, que vêm nos modelos 202, 203 e 302, pertencem à classe dos “feature phones” (ou, nas palavras de Elop, “quase smartphones”), que mira consumidores em países emergentes como Índia, Indonésia e Nigéria (o Brasil não é citado, mas certamente faz parte da lista).

Com esses modelos, a Nokia pretende possibilitar o acesso a dados para novos consumidores (leia-se, com menor poder aquisitivo), via um browser baseado na nuvem e serviços educacionais e de informações via SMS (consultas de saúde, ensino de idiomas, dicas para pequenos negócios). A ideia é incentivar o uso do celular além da mensagem de texto e da chamada telefónica, “conectando o próximo bilhão de pessoas à internet”.

Mas a grande atracão do show da Nokia ficou para perto do final: o smartphone 808 PureView, com uma incrível câmera com sensor de 41 MP (leia mais sobre esse aparelho no blog do Homem-Objeto).

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Facebook. No primeiro discurso “keynote” do dia, o CTO (director de tecnologia) do Facebook, Bret Taylor, trouxe novidades sobre a integração da sua rede social com plataformas móveis. Ele anunciou o recurso de cobrança por operadora telefônica, que poderá ser usado para oferecer conteúdo e aplicativos pagos. Taylor citou alguns nomes que já se associaram ao novo sistema: Telefonica, Orange, Vodafone, Verizon e AT&T.

Taylor exaltou a mobilidade, mencionando mercados emergentes onde o acesso ao Facebook via celular é bem alto: Nigéria, com 90%, e Índia, com 30%. “Facebook e celular foram feitos um para o outro”, disse.

Depois, falando em aplicativos, Taylor falou do sucesso do Pinterest, que atingiu a marca de 10 milhões de usuários mais rapidamente que qualquer site antes dele. Segundo Taylor, “graças à sua integração com o Facebook.”

No domingo, alguns eventos precederam o início oficial da feira. A taiuanesa HTC apresentou uma nova família de smartphones, One S, One V e One X, embarcados com sistema operacional Android 4.0 (o mais novo, também conhecido como Ice Cream Sandwich). A Sony mostrou dois novos modelos de smartphones (os primeiros sem “Ericsson” no nome), o Xperia U e o Xperia P, com, respectivamente, telas de 3,5 e 4,0 polegadas. E a LG apresentou seu Optimus VU, um smartphone fino e largo, 4 X 3 polegadas na tela e caneta stylus (lembrando nesse ponto o Galaxy Note, da Samsung).

* O repórter viaja a convite da Nokia.

+ Acompanhe a cobertura completa do Mobile World Congress 2012

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