Como é o PlayBook; da RIM?

Gadgetwise: Faz sentido comprar um tablet para complementar o desempenho do BlackBerry?

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Por Redação
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Agora que a RIM apresentou seu novo tablet, o PlayBook, o lançamento precisa de certa contextualização. Para começar, não foi grande surpresa o fato de a RIM. ter este ás na manga — na semana passada foram muitos os rumores trazendo detalhes de um futuro tablet BlackBerry. Na época, todos se referiam ao aparelho hipotético como BlackPad.

 

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Talvez um dos detalhes mais importantes divulgados no lançamento apresentado por Mike Lazaridis, codiretor executivo da RIM, tenha sido o de que o PlayBook não terá conexão celular própria. O Bluetooth foi mencionado e o Wi-Fi é uma possibilidade, mas o PlayBook foi projetado para se conectar a um smartphone BlackBerry sem recorrer a fios e usar a conexão para acessar a internet e tornar disponíveis no tablet os dados dos contatos, agenda e correio eletrônico contidos no celular.

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Por um lado, trata-se de uma solução simples e elegante. “Por que pagar por dois planos de dados?” perguntou Lazaridis. Faz muito sentido — para aqueles que já possuem um BlackBerry. Mas configurar o PlayBook nestes moldes parece ser uma jogada defensiva — impede que os usuários do BlackBerry comprem o tablet de outra fabricante, mas será que a medida fará com que o consumidor mude para um BlackBerry para então poder comprar um PlayBook?

Nos vários discursos de lançamento é possível ver quais foram as prioridades da RIM em relação a este produto. Termos como “empreendimento”, “servidor” e “diretor executivo tecnológico” foram usados aos montes. Claramente, a RIM não pretende comercializar este dispositivo para o mercado consumidor (embora tenham batizado o aparelho de PlayBook, como destacou meu colega Ian Austen, aludindo a alguma espécie de brincadeira ou jogo). Ainda assim, alguns aspectos do PlayBook parecem mostrar uma abordagem esquizofrênica (será que os executivos do ambiente corporativo realmente anseiam pela possibilidade de assistir a vídeos em resolução de 1080p no aparelho?)

O primeiro convidado especial a elogiar o PlayBook foi Shantanu Narayen, diretor executivo da Adobe, num novo exemplo da máxima “o inimigo do meu inimigo é meu amigo”, levando-se em consideração a contínua guerra de formatos e palavras entre Apple e Adobe em relação ao suporte à tecnologia Flash. É claro que a RIM enxerga a determinação pioneira/arrogância obstinada da Apple como um possível ponto fraco, e a empresa pretende explorá-lo ao máximo.

O preço do tablet ainda não foi anunciado, apesar de a RIM ter dito que vai começar a comercializar o PlayBook nos EUA a partir do primeiro trimestre do ano que vem. Ainda não se sabe como o aparelho será vendido.

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Por não exigir um plano de dados, ainda não se sabe se as operadoras de celular terão pressa em vender o PlayBook na ausência da possibilidade de obrigar o consumidor a assinar um lucrativo contrato de longo prazo. A RIM não possui um canal de vendas próprio, e assim pode ser necessária certa dose de inovação para trazer os tablets às mãos dos consumidores.

/SAM GROBART

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