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Contra o Google; Facebook testa buscador próprio

Campo de buscas aparece para usuários do app em iPhones; objetivo é fazer usuário não ter de sair da rede social para pesquisar links

Por Redação Link
Atualização:
 

Não satisfeito em ser a maior rede social do mundo com seus 1,44 bilhão de usuários, o Facebook acaba de fazer sua primeira ofensiva também no mercado de buscas, dominado pelo Google.

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A empresa testa, em seu aplicativo com alguns usuários de iPhones, um botão (“Add a link”) que permite ao usuário inserir alguma página da web em suas atualizações de status. Ao selecionar, o usuário escreve palavras-chaves que resultarão em uma lista com artigos já compartilhados na rede social com os termos.

À revista Time, um porta-voz do Facebook disse que o recurso se trata de projeto piloto do Facebook. O que indica que o “buscador do Facebook” pode avançar para outras áreas dentro da rede.

Supondo que o movimento se limite ao botão e suas funcionalidades, é difícil prever se o Facebook obterá sucesso. Isso porque, na prática, usuários já possuem o link que vão compartilhar “em mãos” – exceto no ambiente mobile, onde o Facebook recebe a visita diária de quase 800 milhões de pessoas – ou simplesmente compartilham uma página já publicada por um de seus contatos na rede através do botão (share).

Se a ferramenta encontrar adeptos, é possível, no entanto, que ela acabe limitando a pluralidade de notícias, criando uma “bolha”. Isso porque o recurso – que não instiga a busca por páginas fora da rede – listaria apenas artigos já anteriormente inseridos na rede como opção.

Além disso, o recurso poderia servir como filtro e listar apenas páginas selecionadas pelo Facebook. A empresa continuamente atualiza seu algoritmo que determina quais conteúdos vão alcançar os feeds dos usuários. No ano passado, uma alteração passou a privilegiar vídeos inseridos diretamente no Facebook (em prejuízo dos inseridos através de links para o YouTube, do Google).

Em janeiro, uma nova atualização passou a rebaixar notícias apontadas como “falsas” em uma tentativa de diminuir a divulgação de informações inverídicas pela rede – um porta-voz teria dito em agosto ao Buzzfeed que a empresa testava a possibilidade de “marcar” notícias falsas com um aviso de que eram satíricas, como as do americano The Onion ou dos brasileiros Piauí Herald e Sensacionalista, visando alertar demais usuários.

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(Atualização – 13/5 às 14:20) Agora sabemos de onde virão as notícias. O Facebook lançou nesta quarta a ferramenta Instant Articles que publicará notícias e artigos de veículos como New York Times e National Geographic diretamente na plataforma da rede social.

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