Crescimento de aparelhos móveis pode ?matar? portáteis

Popularização dos jogos em tablets e celulares traz desafio de inovação para dispositivos como o PS Vita e o Nintendo 3DS

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Por Bruno Capelas
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Popularização dos jogos em tablets e celulares traz desafio de inovação para dispositivos como o PS Vita e o Nintendo 3DS

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Razer Edge, da Razer; 3DS, da Nintendo; PS Vita, da Sony FOTO: Reprodução

SÃO PAULO – A “menina dos olhos” do mundo dos jogos hoje são as plataformas móveis. Donos de 13,8% do mercado de games em 2012, a previsão é de que tablets e smartphones dobrem seu faturamento em 2016, para US$ 24 bilhões, em um segmento hoje dominado por títulos simples como Angry Birds e Candy Crush.

Segundo levantamento da consultoria Nielsen, os jogos são a categoria mais popular de aplicativos no Brasil, sendo usados por 68% dos usuários e superando as redes sociais (67%).

As desenvolvedoras Eletronics Arts (EA) e Ubisoft, por exemplo, lançaram recentemente versões móveis para títulos populares nos consoles, como FIFA 14 e Assassin’s Creed, buscando atrair jogadores quando eles não puderem fazer partidas em seu sofá. “Oferecemos o máximo de conteúdo ao público e cabe a ele escolher como aproveitá-lo”, diz Jon Harris, gerente de marketing da EA na América Latina, negando a concorrência entre as plataformas móveis e os consoles e PCs.

É o que aponta também Vítor Martins, da Razer. “Existem tendências, mas o jogo em PC ou no console não vai sumir. Quem gosta de jogar não consegue usar só uma ‘telinha’ de quatro polegadas”, diz.

É também no mercado móvel que tem surgido algumas das inovações mais interessantes do setor. Ainda não lançados no País, produtos como o Shield, misto de portátil e console da Nvidia, e o Razer Edge, tablet com configuração robusta para rodar jogos de PC, trazem boas ideias ao mesclar diferentes perfis de plataforma e podem influenciar a indústria. O Shield custa US$ 250 nos EUA. Já o Edge, em sua versão completa, sai por US$ 1.699.

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Declínio Mas há quem sofra com a expansão dos dispositivos móveis. É o caso dos videogames portáteis, populares durante os anos 90 e 2000, mas que hoje parecem perder espaço para tablets e smartphones.

Em outra pesquisa, a consultoria GfK revelou que, sozinhos os portáteis, representados hoje por PS Vita e Nintendo 3DS, têm apenas 2% do mercado nacional. “Eles vão desaparecer. Hoje, já há vários smartphones com boas placas gráficas e qualidade para rodar jogos exigentes”, diz Martins. Bernardo Guzmán-Blanco, gerente da Nintendo na América Latina, defende-se: “o 3DS é bem diferente de um celular, por ser totalmente dedicado a jogos”.

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