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De onde fala?

Quando fotos, vídeos, tweets e posts têm origem definida, ganha a busca, que pode ser feita a partir da localização

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Por Redação
Atualização:

Você já ouviu falar de Foursquare e Gowalla? São redes sociais que dão pontos às pessoas que vão a mais lugares e dizem onde estão – quase sempre via celular. É com sites como esses, que tratam como jogo essa história de dar seu paradeiro, que estamos sendo acostumados à geolocalização e à busca geolocalizada.

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“Certos tipos de busca ganham muito com a geolocalização”, diz Marcelo Quintella, gerente de produtos geográficos do Google para América Latina. “No dia a dia, as pessoas buscam coisas ligadas a lugares – onde moram ou a que visitam. E com a informação georrefenciada, os resultados ficam mais ricos”,

A bola da vez são aparelhos e serviços que incluem automaticamente dados geográficos em posts, tweets e fotos. Mas ainda é escolha de cada um deixar que os outros vejam ou não de onde ele postou o conteúdo. “Quanto mais georreferenciada a informação for, mais organizada ela fica”, diz Rafael Siqueira, CTO da LBS Local, dona do serviço de mapas Apontador.

Em pouco tempo, todo mundo vai esperar fotos, vídeos e texto com origem demarcada. E, com o mapa redesenhado, muda a navegação.

Diga-me por onde andas Desde o último dia 15, todo mundo pode dizer de onde está twittando sem gastar nenhum dos 140 caracteres para isso. O Twitter anunciou o Places, serviço que cria um botão embaixo da caixa de texto. Ao clicar, ele inclui sob o tweet o local de onde você escreve. A função estava disponível no Twitter desde 2008, mas só nos EUA. Agora, o mundo inteiro pode dizer onde está.

O Twitter só foi mais um atender à nova demanda de uma web que podemos chamar, nesse momento, de 2.5: em que as pessoas dizem de onde estão postando.

Foursquare e Gowalla, meninas dos olhos dos investidores norte-americanos no momento, se aproveitaram dessa transição e criaram um jogo cujo ganhador é aquele que frequenta mais lugares legais. O WordPress atualizou seu aplicativo móvel para incluir geotags nos posts. A versão 10.6 do Opera, lançada também na última semana, permite o uso de uma nova API de geolocalização que se integra a outros serviços e detecta, via navegador, a localização do indivíduo sem a necessidade de GPS.

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Você está enganado se acha que vai ficar fora dessa só porque não vai baixar nenhum desses aplicativos. Usa iPhone ou Android para tirar fotos ou twittar? É bem possível que informações georreferenciadas sejam agregadas a esses conteúdos por causa do GPS do seu celular. As principais fabricantes de câmeras fotográficas já lançaram modelos com GPS embutido, e os preços desses aparelhos estão caindo.

Logo mais, tudo o que você fizer na rede vai incluir a informação de onde você fez aquilo. E, mesmo com o poder de escolher não divulgar esses dados, muitas vezes pode ser interessante fazer isso – para você e, principalmente, para os outros.

É que a informação que tem geotags pode ser organizada por espaço e mixada a outros serviços, como mapas. E se você já vai ao teatro, tira fotos e quando chega em casa posta um comentário com as imagens no seu Twitter, no Facebook ou em seu blog, se essas informações estiverem associadas ao lugar onde você esteve, quem vir esses dados terá muito mais facilidade para encontrar o lugar em questão.

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“O usuário que perceber o benefício das informações geográficas que os outros produzem e descobrir como isso enriquece a experiência de todos acaba se tornando meio altruísta e passa a georreferenciar seu conteúdo”, explica Marcelo Quintella, gerente de produtos geográficos do Google na América Latina.

Imagine que você queira se mudar para um bairro: você clica no mapa e consulta não só os anúncios de imobiliárias, mas as resenhas dos estabelecimentos próximos e os tweets dos futuros vizinhos, além de ver vídeos e fotos da região. Isso é possível, por que cada vez mais gente conta o que está fazendo – e onde.

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