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Diretor do Google no Egito retoma protestos

Wael Goneim estava preso e desaparecido desde o dia 27 e foi solto na segunda-feira

Por Agências
Atualização:

O executivo egípcio que estve detido por duas semanas por promover a revolta popular iniciada em 25 de janeiro, Wael Goneim, mostrou sua esperança de que o país fique “limpo da sujeira”.

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Goneim, diretor regional de vendas do Google no Cairo, foi preso por agentes da polícia civil em 27 de janeiro em uma rua da capital egípcia pouco depois de escrever no Twitter: “Reze pelo Egito. Estou preocupado porque parece que o governo planjea um crime de guerra amanhã e estamos dispostos a morrer”.

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Desde 25 de janeiro manifestações diárias na praça Tahrir pedem a renúncia do presidente egípcio, Hosni Mubarak. Durante os protestos 300 pessoas morreram e milhares ficaram ferida e outras milhares foram detidas, segudo os dados da ONU.

 

“Os verdadeiros heróis são os que ficaram na praça Tahrir todo este tempo”, disse Goneim em declarações transmitidas pela rede de TV Al Jazeera, pouco depois de sua libertação na segunda-feira.

Goneim prestou homenagem às vítimas da revolta e insistiu que as manifestações sempre foram pacíficas. “Se Alá quer, vamos limpar o país desta sujeira”, acrescentou, se referindo ao regime de Hosni Mubarak.

O ativista e executivo do Google ficou conhecido depois de ter criado no Facebook um grupo chamado “Todos somos Jaled Said”, em referência a um jovem que, segundo denúncias de organizações de direitos humanos, foi golpeado até a morte em 7 de junho do ano passado por informantes policiais ou agentes à paisana depois quando estava em um cibercafé na cidade de Alexandria.

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Nesta terça, diversos internautas expressaram seu orgulho por Goneim no Facebook e agradeceram seu esforço. Alguns trocaram a foto do perfil por uma imagem do ativista.

Outros internautas publicaram um trecho do programa do canal por satélite egípcio Dream TV, em que Goneim chorou pelos manifestantes, a quem chamou de “mártires da revolução”.

Enquanto chorava, Goneim declarou: “Quero dizer a cada pai e a cada mãe que perdeu seu filho, sinto muito, mas não é nosso erro. Juro por Alá que não é nosso erro, é o erro de cada um que se eterniza no poder e não quer deixá-lo”.

/ EFE

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