A gigante Electronic Arts prevê que a receita vinda da venda de jogos de prateleira devem cair nos próximos anos
FRANKFURT – A Electronic Arts prevê que a receita de download de seus jogos vai superar as vendas de games em caixas dentro de poucos anos, e seu foco é expandir a linha de produtos gratuitos e para aparelhos móveis, declarou o vice-presidente de operações da companhia.
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A EA e as grandes rivais Activision Blizzard e Take-Two Interactive Software estão enfrentando dificuldades para manter o crescimento de receita, à medida que os usuários migram para os jogos casuais e sociais, na internet e em aparelhos móveis como tablets e celulares.
“O modelo de negócios da EA está em evolução, com a alta na receita dos jogos online e móveis”, declarou o vice-presidente de operações Peter Moore em entrevista. A companhia sediada em Redwood, Califórnia, distribui jogos como as séries Battlefield, Star Wars e FIFA Soccer.
“Vai chegar o momento, talvez dentro de dois ou três anos, em que diremos que agora estamos faturando mais na mídia digital do que na física, e isso claramente não está distante”, disse Moore, mencionando o crescimento na receita digital da EA para US$ 1,3 bilhão nos 12 últimos meses.
Enquanto milhares de jogadores de videogame se reúnem em Colônia, Alemanha, esta semana para a feira Gamescon 2012, os investidores expressam dúvidas quanto à capacidade das produtoras tradicionais de videogames para concorrer com rivais como a Zynga, que distribui a maioria de seus jogos via Facebook.
“Neste ano fiscal, temos 41 jogos sociais e gratuitos para jogar em nosso planejamento, e dentro de algumas semanas faremos anúncios sobre novos títulos”, disse Moore.
A companhia extrai receita dos jogos gratuitos quando os usuários adquirem produtos virtuais que melhoram seu desempenho nos títulos.
Pesquisadores do NPD Group estimaram que as vendas norte-americanas de jogos em formato físico caíram em 20% em julho, para US$ 548 milhões, o equivalente a cerca de 50% do gasto total dos consumidores com jogos de computador.
O dinheiro gasto com aplicativos para aparelhos móveis e jogos em redes sociais foi estimado em US$ 439 milhões pela NPD.
/REUTERS
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