O Egito recuperou nesta quarta-feira, 2, a conexão com a internet, bloqueada desde quinta-feira e depois de cinco dias de interrupção, o que não impediu os manifestantes de continuar com os protestos contra o regime do presidente Hosni Mubarak, no poder há 30 anos.
No dia, esperava-se um mobilização sem precedentes na era de Mubarak, e horas antes do início dessa jornada de protestos no país a conexão com a internet foi cortada.
Nenhum dos mais importantes provedores de internet do Cairo funcionavam, nem equipamentos fixos nem em celulares. O acesso à redes sociais como o Facebook e o Twitter já haviam sido bloqueadas algumas horas antes, segundo denúncias de entidades de direitos humanos.
Depois de vários dias de enfrentamentos entre a polícia e os manifestantes, o bloqueio da internet tentou sufocar os protestos, ainda que oficialmente não tenha sido dada nenhuma explicação.
A revolta popular que sacode o Egito já deixou um saldo de dezenas de mortos e mais de 1,5 mil feridos e obrigou Mubarak a nomear um novo governo e assegurar que não seria candidato à reeleição.
Desde então, dezenas de milhares de egípcios tomam as ruas contra o regime de Mubarak, que está no poder desde 1981.
/ EFE