Eleição interrompe internet no Irã

Iranianos enfrentam obstáculos cada vez maiores para usar a web desde protestos nas redes sociais

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Por Agências
Atualização:

Iranianos enfrentam obstáculos cada vez maiores para usar a web desde protestos nas redes sociais

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DUBAI – Milhões de iranianos sofreram recentemente graves interrupções no acesso a contas de email e a sites de redes sociais da internet, aumentando os temores de que as autoridades estejam acelerando a censura a partidários da oposição antes das eleições parlamentares no próximo mês.

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Os iranianos enfrentam obstáculos cada vez maiores para usar a internet desde que partidários da oposição usaram sites da rede social para organizar protestos depois da contestada reeleição do presidente Mahmoud Ahmadinejad em 2009.

O país se prepara para realizar eleições parlamentares em 2 de março, a primeira vez que os iranianos irão às urnas desde a reeleição de Ahmadinejad. O governo negou qualquer fraude naquela votação, o que provocou os protestos nas ruas que foram reprimidos violentamente pelos serviços de segurança.

O novo bloqueio na internet afetou as formas mais comuns de conexões seguras desde sexta-feira, segundo peritos estrangeiros e blogueiros iranianos. O tráfego teria voltado ao normal na segunda-feira.

“Eu não consegui abrir páginas durante dias, mas agora voltou a funcionar, embora de forma lenta”, disse Hamid Reza, estudante de 20 anos de Teerã que relutou em dar seu sobrenome.

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Aparentemente o corte tinha por alvo os sites internacionais criptografados fora do Irã, que dependem do protocolo Secure Sockets Layer, o qual exibe endereços iniciados por https, segundo Earl Zmijewski, da Renesys, uma empresa norte-americana que rastreia o tráfego da internet no mundo.

O Google, que usa SSL para seu serviço de Gmail, divulgou que o tráfego do Irã para seu sistema de email caiu repentinamente.

O Ministro das Comunicações e Tecnologia do Irã negou conhecimento da interrupção, dizendo que a origem estava em outro lugar.

/ Reuters

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