Empresa ameniza roubo de 'senhas' de chips de celular pela NSA

Espiões americanos e britânicos teriam roubado senhas que protegiam chips de celulares; empresa diz que ataque só afeta celulares 2G

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Por Murilo Roncolato
Atualização:
 

SÃO PAULO – A holandesa Gemalto, a principal fornecedora de cartões SIM a celulares e cartões de crédito no mundo, negou ter tido seu sistema hackeado, como informou o The Intercept em uma extensa reportagem, apontando documentos vazados pelo ex-técnico a serviço da agência de segurança americana (NSA), Edward Snowden.

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Os documentos indicavam que espiões da agência britânica GCHQ, auxiliados pela americana NSA, teriam invadido o sistema hackeando o acesso de engenheiros da empresa no mundo todo.

As informações vazadas se referem a chaves de criptografia, fundamentais para descobrir o conteúdo de informações e dados transmitidos a partir dos chips.

Segundo um especialista ouvido pelo Intercept, uma vez que alguém tenha as chaves “decriptografar o tráfego é algo trivial”. Chritopher Soghoian, da American Civil Liberties Union, ainda disse acreditar que as notícias sobre o vazamento das chaves deve “causar uma onda de choque na comunidade de segurança”.

A Gemalto (“líder mundial em segurança digital”) se pronunciou nesta quarta-feira, 25, e disse acreditar que o ataque pode ter atingido “apenas alguns escritórios” e que, por isso, não se trata de um roubo massivo de chaves de criptografia.

Segundo a empresa, que fornece para mais de 450 operadoras e atua em 80 países (incluindo o Brasil), a posse das chaves pode afetar apenas aparelhos 2G, “redes 3G e 4G não são vulneráveis a esse tipo de ataque”.

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