Essa tecnologia, denominada E-ink (tinta eletrônica), é o que proporciona o conforto visual que aproxima o Kindle de um livro de verdade. Quem olha de longe acha mesmo que as letras estão impressas em algum tipo de papel levemente acinzentado.
O funcionamento da tinta eletrônica é relativamente simples.
A microcápsula de tinta eletrônica, mais fina que o diâmetro de um fio de cabelo, contém partículas brancas, de carga positiva, e partículas pretas, de carga negativa. Essas partículas estão suspensas em um tipo de fluido. Essas microcápsulas são fixadas em uma espécie de folha de plástico especial que permite que a eletricidade seja conduzida até as microcápsulas.
A carga eletríca que incide em cada microcápsula define a quantidade de partículas brancas ou pretas que será exibida na superfície da tela plástica. Cada pontinho da impressão é um aglomerado de microcápsulas. A escala de cinza exibida é conseguida pela aplicação seletiva de carga elétrica. A proporção de partículas pretas define a graduação de cinza.
A maior vantagem da tinta eletrônica é o baixíssimo consumo de energia. A carga elétrica é utilizada apenas para formar os textos e imagens. Uma vez formado o texto, a tela pára de consumir energia. Por isso, a autonomia de bateria dos e-readers é muito maior que a de aparelhos que utilizam telas de LCD.
O papel eletrônico, exatamente como o papel convencional, depende de luz externa para ser visível, diferente das telas de LCD, que são iluminadas por lâmpadas ou LEDs.