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Facebook expande para celulares simples

Rede social vê nos usuários de telefones básicos uma nova fonte de crescimento

Por Redação Link
Atualização:

Rede social vê nos usuários de telefones básicos uma nova fonte de crescimento

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Vundu GoelTHE NEW YORK TIMES

MENLO PARK – Há mais de dois anos o Facebook trabalhava, sem alarde, num projeto considerado vital para expandir sua base de 1,1 bilhão de usuários: colocar a rede social em bilhões de celulares simples (chamados de feature phones) que desapareceram quase completamente nos Estados Unidos e Europa, mas ainda são padrão em países em desenvolvimento como Índia e Brasil.

 
 

O Facebook anunciou ontem os primeiros resultados da nova estratégia, chamada “Facebook para Todos os Celulares”. Mais de 100 milhões de pessoas, ou aproximadamente um a cada oito celulares em todo o mundo, acessam hoje regularmente a rede social usando mais de três mil diferentes modelos de telefones simples e baratos.

Muitos desses usuários que fazem parte das camadas mais pobres, pagam pouco ou nada para baixar notícias e fotos no Facebook, com o tráfego de dados subsidiados por fabricantes ou operadoras. O Facebook só agora começou a vender anúncios para esses clientes. Mas os países onde o software desses telefones mais simples está se saindo bem – Índia, Indonésia. México, Brasil e Vietnã – estão entre os mercados que crescem mais rápido no uso da internet e das redes sociais, de acordo com a empresa de pesquisa eMarketer.

Para analistas, o Facebook tem pode conquistar a lealdade de milhões de novos usuários ao lhes dar a chance de acessar a internet pela primeira vez usando um celular simples.

“Em inúmeros mercados estrangeiros as pessoas acham que a internet é o Facebook”, disse Clark Fredricksen, vice-presidente da eMarketer.

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Esses usuários, espera a companhia, serão mais atraentes para as anunciantes à medida que sua renda cresce e eles ganham mais acesso à web.

O projeto foi conduzido por um pequeno grupo que ingressou no Facebook em 2011 quando a empresa comprou a startup Snaptu. A equipe teve de reformular o software do Facebook para reduzir drasticamente o volume de dados enviados por redes de celulares lentas. E também precisou encontrar um meio para exibir com rapidez recursos populares do Facebook, como bate-papo e fotos em telefones com telas de baixa resolução e pouca capacidade de processamento.

“Na verdade rodamos os aplicativos em nossos servidores”, disse Ran Makavy, que foi diretor executivo da Snaptu e agora dirige o projeto do Facebook. “E como resultado, conseguimos algo que parece quase um aplicativo de smartphone.”

O software tem recursos que são comuns em versões mais avançadas do Facebook, incluindo os emoticons no bate-papo e filtros ao estilo do Instagram para deixar as fotos mais bonitas. (O Facebook para Todos os Celulares pode ser baixado usando o navegador do celular ou ser obtido em lojas de aplicativos ).

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Segundo Brian Blau, da empresa de pesquisa Gartner, o Facebook precisa chegar aos clientes com menos conhecimento tecnológico. “Eles falam de conectar o mundo, socialmente falando. Mas só o conseguirão quando incluírem aqueles que não possuem smartphones ou computadores”, disse.

Até dois anos atrás, a rede social só podia ser acessada por um navegador, muito mais lento do que um aplicativo. Segundo Javier Olivan, diretor da divisão voltada para o crescimento da rede social, inicialmente o Facebook considerava que os telefones eram mais úteis para postar atualizações e não como uma via primária de acesso. / TRADUÇÃO DE TEREZINHA MARTINO

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