Firefox OS está mais próximo do Brasil

Diretor de pesquisa da Mozilla visitou o Brasil para evento e disse que voltará com equipe de engenheiros

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Por Murilo Roncolato
Atualização:

Diretor de pesquisa da Mozilla visitou o Brasil para evento e disse que voltará com equipe de engenheiros

SÃO PAULO – Por aqui já passaram o vice-presidente de Negócios Harvey James Anderson e os engenheiros Chris Heilmann e John Hammink, da Mozilla, a organização sem fins lucrativos responsável pelo browser Firefox. Na manhã desta quarta-feira, 22, mais um enviado veio divulgar o trabalho e a filosofia “aberta” da companhia. Tanta presença não é à toa.

 

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No primeiro trimestre do próximo ano, a Mozilla lança em parceria com a Vivo/Telefônica aparelhos baseados em Firefox, um sistema operacional móvel construído com linguagens tipicamente abertas, da web. É sobre isso que Andreas Gal, diretor de pesquisa da Mozilla, veio falar no Brasil, durante a conferência latinoamericana da The Next Web, que vai até esta quinta.

“Vou embora amanhã, mas volto com uma equipe grande de engenheiros para ficarmos duas semanas afinando com a equipe da Telefônica sobre o Firefox OS“, revelou Gal.

O diretor, assim como todos os envolvidos no projeto, se mostra entusiasmado com a nova plataforma, que por estar baseada principalmente em HTML5 e JavaScript proporcionará possibilidades ilimitadas de recursos inovadores, além de garantir, por se tratar de um “idioma” comum à web, a interoperabilidade entre diferentes suportes.

“A nossa grande vantagem é que ninguém é dono dessa plataforma. Não é da Telefônica e ninguém precisa se associar a nós para conseguir ampliá-la.” Gal comparou o desenvolvimento do Firefox OS ao do kernel Linux, que até hoje ganha versões e aprimoramentos. “É um projeto que nunca vai terminar”, diz.

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A Telefônica/Vivo ainda não definiu quem serão os fabricantes responsáveis pelos hardwares que apresentarão o Firefox OS ao mundo. É garantido, no entanto, que o Brasil será o primeiro país a recebê-lo e que o número de fabricantes e modelos não terá limites.

O diretor de pesquisa frisa que o objetivo da organização não é competir com outros sistemas operacionais móveis disponíveis no mercado como iOS, da Apple, e Android, do Google (“não há espaço para mais um ecossistema de aplicativos proprietário”). Para ele, o Firefox OS surgirá como uma terceira opção, mas acredita que haverá uma boa recepção, principalmente por parte dos desenvolvedores. “Eles já tem que obrigatoriamente escrever aplicativos para iOS e Android. É regra. Agora, eles terão uma terceira linguagem que tende a ser mais simples e universal, por ser natural da web.”

Gal disse que logo a Mozilla Firefox deve iniciar um sistema de login, que permitirá que o usuário acesse sua conta pelo celular, baixe os aplicativos que quiser, e tenha os mesmos aplicativos quando for usar o browser Firefox em um computador. “A linguagem é a mesma!”

Para os desenvolvedores, o modo de se fazer dinheiro será o mesmo que os já conhecidos hoje: aplicativos pagos e publicidade. Os apps terão uma loja virtual própria no sistema da Mozilla também, mas será totalmente permitido o download de aplicativos colocados para download em sites de terceiros.

Questionado sobre a segurança do sistema em função da abertura a apps de terceiros, Gal diz que dependendo da natureza do aplicativo, será necessário obter uma certificação de qualidade da equipe da Mozilla e, este, necessariamente terá que passar pela Mozilla Marketplace.

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