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Funcionários de Bill Gates são barrados

Sete funcionários do cofundador da Microsoft estavam em Manaus com vistos incompatíveis com atividade no Brasil, de acordo com a Polícia Federal

Por Agências
Atualização:
 

Por Liege Albuquerque

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Sete funcionários do fundador da Microsoft, Bill Gates, deixaram Manaus de avião nesta terça, 19, depois de serem notificados pela Polícia Federal no sábado por terem entrado no Brasil de barco com vistos não compatíveis com a visita. Gates já visitou a Amazônia em 2007 e 2009.

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Segundo nota da PF, os funcionários, para trabalharem como tripulação dos navios de Gates teriam de ter entrado com visto de “temporário 2″ e não com vistos de turistas, como constavam em seus passaportes.

No domingo, de acordo com o comandante Paulo Brito, da Capitania dos Portos, os navios com Gates, sua família e os funcionários sem problemas nos vistos, seguiram para Novo Airão, município do Amazonas onde fica o arquipélago de Anavilhanas e depois deveriam seguir para Belém, no Pará. “Os iates partiram sem problemas, até um prático com intimidade com os rios da Amazônia foi contratado. O problema foi com vistos de funcionários do navio”, disse.

No final de semana, o iate onde Gates e sua família viajaram durante o último mês pelos rios da Amazônia e outro com seguranças e outros funcionários, ficaram retidos no porto de Manaus.

Segundo a assessoria da Capitania dos Portos, no sábado o iate Kogo, onde Gates viajava, e o Silver Cloud, com seus funcionários, foram fiscalizados por agentes federais. Nessa fiscalização, segundo uma fonte da PF, foram encontrados funcionários com as irregularidades nos documentos.

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Nesta terça, a PF emitiu nota informando que sete tripulantes da Silver Cloud estavam com vistos de turistas. “Mas para o exercício de citada atividade (de tripulante de navio ou aeronaves, quando não possuir carteira internacional de tripulante) em território brasileiro é necessário a entrada no país portando o Visto de Temporário II”.

Ainda segundo a nota, “em razão da divergência documental, que no Brasil caracteriza infração administrativa, os sete tripulantes, todos de nacionalidade norte-americana, foram autuados e notificados para deixar o país em três dias (no dia 16 de abril), conforme preceitua a Lei 6.815/80″.

Em nota ao Link, a assessoria de imprensa de Bill Gates confirmou o caso e disse que o problema de documentação foi resolvido. “Alguns membros da tripulação de um barco que foi usado em parte de uma viagem de Bill Gates tiveram de passar um tempo com as autoridades brasileiras. Esses membros da tripulação sem os documentos adequados conseguiram resolver o problema em seguida e retornaram para o barco. Bill não foi envolvido diretamente”, diz a nota.

Procurada pela reportagem, a Microsoft afirmou que “não comentará o assunto”.

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