Futuro incerto pode prejudicar Microsoft

Microsoft deve ter bons resultados, mas ações terão dificuldades

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Por Agências
Atualização:

A Microsoft deve apresentar bons resultados no quarto trimestre fiscal, à medida que as empresas voltam a adquirir computadores após dois anos de pausa, mas suas ações podem encontrar dificuldades para ganhar força, em meio a preocupações quanto de onde virá o crescimento da empresa nos anos vindouros.

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A Intel superou as expectativas de Wall Street na semana passada, o que indica a retomada da demanda empresarial por computadores e servidores. Mas a IBM decepcionou na terça-feira, 20, com números fracos quanto a contratos novos de serviços de tecnologia, o que surgiu de surpresa como indício de debilidade nos gastos com tecnologia da informação.

Os investidores pareciam estar antecipando boas notícias vindas das Microsoft – cujas ações superaram as expectativas do mercado em julho – mas agora querem mais informações de uma empresa que vem enfrentando dificuldades para deixar sua marca em áreas cruciais e de alto crescimento, como smartphones, computadores tablet e publicidade vinculada a buscas.

A Microsoft anunciará os resultados de seu quarto trimestre fiscal nesta quinta-feira,22.

A empresa está se preparando para lançar um novo software para celulares, a fim de recuperar o atraso ante a Apple, e está lutando para atrair o interesse dos investidores por meio de diversos aparelhos em formatos tablet acionados pelo Windows, e de seu sistema Kinect de controle de videogames por meio de movimentos.

Enquanto isso, seu serviço de buscas online Bing vem registrando forte crescimento de participação de mercado, mas continua muito atrás do Google.

“Todo mundo sabe que a Microsoft terá um ótimo trimestre, mas não há nada mais que anime, depois disso,” disse Toan Tran, analista da Morningstar. “Sabemos que os computadores estão bem, e que portanto o Windows se sairá bem. Mas além do Windows 7, o que mais a Microsoft tem que mereça atenção?”

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As ações da empresa subiram em 10,4 por cento no mês, acima dos 7,5 por cento de alta no índice S&P 500 e dos 8,3 por cento de alta do Nasdaq. Mas continuam paradas em torno dos 25 dólares – a mesma cotação que tinham um ano atrás – e bem abaixo dos picos atingidos no boom da alta tecnologia 10 anos atrás.

BILL RIGBY (REUTERS)

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