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G8 da web pede cautela ao regular a internet

Encontro reuniu líderes do Facebook, Google, Amazon, eBay, Wikipedia, entre outros, com as maiores economias do mundo

Por Agências
Atualização:

A cúpula tecnológica do G8 (grupo que agrega os países europeus e os principais emergentes), que reuniu durante dois dias algumas das principais personalidades do mundo da internet, se encerrou nesta quarta-feira, 25, com um pedido geral aos governos para que sejam “muito prudentes” na regulação de seu uso.

 

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Tal gesto foi a resposta ao desafio lançado pelo presidente francês, Nicolas Sarkozy, anfitrião do encontro que pediu que os participantes do fórum concretizassem o papel que os Estados devem ter na revolução digital da rede.

Oito dos “gurus” da web vão expor na quinta-feira aos oito líderes dos países mais industrializados as conclusões de dois dias de intensos debates que contaram com a presença, entre outros, dos responsáveis de Facebook, Google, Wikipedia e eBay.

Sarkozy tinha advertido na abertura do encontro que o desafio surgido com a internet não pode ficar às custas da vigilância dos governos, “os únicos representantes legítimos da vontade geral”.

Ao mesmo tempo, alertou dos perigos existentes para a proteção da infância, dos direitos autorais, e do uso para fins violentos que comporta um mal uso da rede.

Na França, uma lei aprovada no ano passado estabeleceu punições severas para pessoas que fazem downloads de arquivos ilegais, com advertências, multas e até o corte da conexão. A lei ganhou o apelido de Hadopi, nome do órgão criado para monitorar os casos downloads ilegais junto dos provedores de internet.

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Resposta. Mas, na mesa-redonda que encerrou o encontro, a maioria dos participantes mostrou ressalvas ao intervencionismo estatal para regular o uso da internet e, por sua vez, pediu aos governos que facilitem um acesso universal à banda larga.

“A internet potencia o crescimento econômico e a criação de emprego”, lembraram os participantes, que pediram aos líderes mundiais que não “rompam” essa dinâmica com novas limitações legais que ponham em perigo o “espírito empreendedor” da rede.

No entanto, os participantes defenderam o papel controlador dos poderes políticos na regulação da segurança e da privacidade na rede, naqueles casos quando o setor público não garante sozinho um equilíbrio satisfatório.

O fato de que o acesso à rede permaneça nas mãos de “poucos guardiões” foi outro dos aspectos que alguns participantes assinalaram a regulação governamental como positiva para favorecer a concorrência.

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Mas o encontro concluiu que a internet deve ser um espaço de liberdade, e a melhor prova disso é o sucesso da rede social Facebook, à qual Sarkozy reconheceu um papel preponderante no desenvolvimento das revoltas no Egito e Tunísia, tal importância que foi minimizada pelo fundador do site, Mark Zuckerberg, que considerou que o Facebook não foi “nem necessário nem suficiente” no início das revoltas árabes.

“Se não tivesse sido pelo Facebook, teria sido com a ajuda de outra coisa”, afirmou o multimilionário, estrela da segunda sessão do encontro.

Vestido com calça jeans, Zuckerberg assegurou que o desejo de compartilhar experiências explica o sucesso da rede social, e que essa necessidade “chegou para ficar”.

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“Estamos mais próximos do início desta tendência que do final”, concluiu Zuckerberg.

/ EFE

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