Game traz os polêmicos duelos de pipa para o celular

Criado e desenvolvido pelo brasileiro Rafael Mayworm, Pipa Combate já conta com mais de quatro milhões de downloads em apenas 40 dias

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Por Matheus Mans
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Ao invés de olhar para o céu, olhos fixos no celular. No lugar do carretel, os dedos tocando na tela. Esta é a premissa do game brasileiro Pipa Combate, que tenta reproduzir os populares duelos de pipas, que acabaram marginalizados após a proibição em vários municípios brasileiros de produtos como o cerol e linha chilena.

O design do jogo é simples e intuitivo. Ao início de cada partida, o jogador escolhe uma pipa dentre 60 disponíveis e o tipo de cortante que quer utilizar na linha. A partir daí, então, a pessoa deve duelar com outras pipas no cenário, fazendo o possível para cortá-las.

Há pouco mais de 40 dias no ar, o Pipa Combate já conta com mais de quatro milhões de downloads na Play Store — ficando, dentre os aplicativos mais pesquisados, na frente de Facebook, Instagram e da recente febre Like Parent. E o sucesso não se restringe às lojas de apps: dois vídeos no YouTube, entre os muitos que registram usuários jogando o game, ultrapassam as 230 mil visualizações cada, como o exemplo abaixo.

Os comentários dos fãs e usuários mostram um pouco do sucesso do game. Tanto no YouTube, quanto na Play Store, as pessoas enaltecem o jogo. “Sonho de todo mundo que curte pipa era um jogo desse” e “o melhor jogo na Play Store” são alguns exemplos de declarações entusiasmadas.

Pipa Combate foi criado e desenvolvido pelo carioca Rafael Mayworm, 31 anos, do estúdio de games Maiworm. Há dez anos, o programador de software começou a criar um jogo de duelos de pipas. Com o trabalho lhe tomando muito tempo, acabou deixando a criação de lado. Um dia, ao observar a má qualidade dos games que o filho jogava no celular, pediu que abandonasse o aparelho. O menino, porém, desafiou o pai a criar um jogo melhor. O resultado foi o Pipa Combate.

“Em alguns dias, voltei a mexer no game e rapidamente já mandei para a Play Store”, conta. A primeira versão não possuía boa jogabilidade, muitas funções ou qualquer trilha, mas mesmo assim fez sucesso. O programador resolveu aperfeiçoar o produto com novas opções de pipas e sons de funk carioca como trilha. “Tirando as músicas, que foram feitas por amigos, fiz tudo sozinho”, conta Rafael sobre o primeiro jogo de sua carreira.

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Muitos usuários agora pedem para que o jogo ganhe uma versão que permita partidas com outras pessoas. Segundo Rafael, a novidade está a caminho. “Em mais um ou dois meses, os jogadores já poderão jogar o Pipa Combate em rede, duelando em tempo real com outras pessoas”.

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