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Google desenvolve nanopartículas para detecção de doenças

Material será ingerido por cápsula e transmitirá dados sobre células doentes para um computador equipado com sensores

Por Camilo Rocha
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SÃO FRANCISCO – O Google anunciou nesta terça-feira, 28, estar trabalhando no desenvolvimento de nanopartículas com intuito de utilizá-las para identificar alterações bioquímicas no organismo que possam dar sinais de alerta de doenças.

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A empresa, com sede em Mountain View na Califórnia, informou que as nanopartículas serão ingeridas por uma cápsula e transmitirão as informações sobre as células doentes para um computador equipado com sensores.

Em comunicado divulgado nesta terça-feira, a empresa destacou que as taxas de sobrevivência ao câncer dependem em grande parte do diagnóstico precoce da doença e lamentou que em muitos casos, como os de tumores no pâncreas, esses diagnósticos ainda não sejam viáveis.

A GoogleX, divisão do Google que desenvolveu os automóveis autônomos (sem motorista, freio ou volante), o Google Glass e os balões aerostáticos, para levar internet às comunidades remotas, também está trabalhando no projeto das nanopartículas.

“A GoogleX está desenvolvendo pesquisas para saber se as nanopartículas no fluxo sanguíneo combinado ao um dispositivo portável equipado com sensores especiais, podem ajudar os médicos a detectar doenças ainda em fase inicial”, afirmou a empresa.

O projeto ainda está em desenvolvimento, os especialistas estimam que pode ser necessário de cinco a sete anos até que se complete. Ainda assim, o Google acredita no potencial desta tecnologia.

A empresa disse que pode ser possível desenvolver um teste para detectar enzimas geradas por placas nas artérias que estejam prestes a explodir e causar um infarto ou acidente vascular cerebral.

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As nanopartículas devem aderir às células doentes e transmitir informação para os dispositivos portáteis.

O Google ressaltou que as tecnologias desenvolvidas nos últimos anos como micro sensores e poderosos microscópios aumentam a esperança de novos sistemas de diagnóstico.

“Antes de existir estas ferramentas, estudar uma doença era como estudar a cultura francesa sobrevoando Paris uma vez ao ano. Era possível ter uma visão superficial, mas não imergir na ação”, destacou a empresa. / EFE

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