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Google lança tablet próprio; o Nexus 7

Google lança tablet de US$ 199 com a Asus, transmissor de conteúdo, novo Android e apresenta seu óculos

Por Carla Peralva
Atualização:

Google lança tablet de US$ 199 em parceria com a Asus, transmissor de conteúdo, novo Android e atualizações para o Plus

SÃO PAULO – Pouco depois de duas semanas de sediar o lançamento do iOS 6 da Appple, o Moscone West, em São Francisco, assistiu nesta quarta-feira, 27, o Google apresentar a nova versão de seu sistema operacional para aparelhos móveis, o Android 4.1, chamado de Jelly Bean (leia mais abaixo).

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Durante sua sua conferência anual de desenvolvedores, o Google I/O, a empresa também anunciou novas funcionalidade para sua loja online de conteúdo, Google Play, que passa a contar com venda de filmes e programas de TV. Mas a grande novidade do dia ficou por conta da confirmação de um boato já bastante divulgado: Nexus 7, o tablet próprio do Google, desenvolvido em parceria com a Asus.

O Nexus 7 roda Android Jelly Bean, possui tela HD de 1280 x 800 pixels, processador Tegra 3, câmera frontal, tecnologia NFC, Bluetooth, Wi-Fi e acelerômetro. O tablet tem bateria de nove horas rodando vídeos em HD.

Segundo o diretor de gestão de produtos, Hugo Barra, “o Nexus 7 foi construído para o Google Play” e terá integração completa com todos os conteúdos do Google.

O tablet vai custar US$ 199 e já pode ser pedido pelo Google Play nos Estados Unidos, Reino Unido, Austrália e Canadá, começando a chegar às lojas no meio de julho. O aparelho vem, ainda, com um crédito de US$ 25 a serem gastos no Play e alguns conteúdos já baixados de empresas parceiras.

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O brasileiro Hugo Barra, responsável pelo sistema operacional Android, apresentou o tablet Foto:

Círculo midiático

O Google também apresentou o Nexus Q, um transmissor de mídia via streaming que funciona em sincronia com o tablet recém lançado ou qualquer outro aparelho Android. O Nexus Q pode ser conectado a uma televisão para reproduzir vídeos e músicas. Ele é integrado com o aplicativo de música do Google Play e acessa o conteúdo armazenado na nuvem na biblioteca de cada usuário.

A ideia do Q é ser uma central multimídia social. Por uma conexão Wi-Fi, ele faz streming de conteúdo para aparelhos de TV e de som (conectados via HDMI). Amigos podem criar juntos uma playlist e influenciar o que cada um está ouvindo em sua casa. Ele pode acessar conteúdos armzenados nos servidores do Google ou salvos em algum aparelho Android.

O Q conta com O Q memória de 16 GB, 1 GB de RAM, Bluetooth, Wi-Fi e NFC.

O aparelho custará US$ 299 e começará a ser distribuído junto com o tablet em julho. Ainda não há previsões de quando os dois dispositivos chegam ao Brasil, mas o Google afirmou que “mais localidades devem ser atendidas em breve”.

Google Plus

A rede social da empresa também ganhou uma atualização: a função Eventos, que é integrada com a Google Agenda e reúne fotos de todos os participantes do evento após sua realização.

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Além disso, foi lançado um novo aplicativo para a rede social, desenvolvido especialmente para tablets, com fotos maiores, sistema de navegação completamente novo e vídeos do Hangout adaptados para telas maiores.

Os usuários de Android já podem baixar o novo app. Os de iPad terão de esperar pelo lançamento, que deve ser feito “em breve”.

Durante o evento, foi anunciado que a rede social já ultrapassou a marca dos 250 milhões de usuários cadastrados. Desses, apenas 150 milhões são ativos e, dentre os ativos, 50% se loga diariamente à rede. Segundo Vic Gundotra, vice-presidente de projetos sociais do Google, há mais pessoas acessando o Plus por um dispositivo móvel do que pelo computador.

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Os óculos

Na última etapa do keynote, o confundador do Google Sergey Brin subiu no palco para fazer uma demonstração do óculos do Google. Ele se conectou via Hangout com um grupo de paraquedistas, que saltou de um avião e pousou no teto do Moscone Center. Todo o voo foi transmitido da perspectiva dos saltadores por meio dos óculos do Google (Project Glass).

A ideia, segundo os desenvolvedores do projeto, é que os óculos sejam usados naturalmente, sem interferir no visual do usuário ou em seu conforto. A grande graça do aparelho, ainda segundo eles, é poder tirar fotos “em primeira pessoa”, ou seja, ter o poder de fotografar exatamente o que vocês está vendo, do seu ponto de vista, e compartilhá-la com seus amigos no mesmo momento.

Os óculos possuem “uma CPU poderosa”, “muita memória RAM” e “pesa menos que vários óculos de sol”, mas nenhum número ou dado mais preciso foi dado. Eles contam ainda com acelerômetro, giroscópio, microfone para comandos voz, câmera e um touchpad na haste mais larga. A pequena tela transparente não fica exatamente na frente dos olhos dos usuários, mas um pouco acima de sua linha de visão, para não prejudicar atividades normais. Os óculos foram vistos nas cores branca, azul e preta.

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Sergey Brin, que chama os óculos de “computador que podemos vestir”, anunciou um protótipo para desenvolvedores que pode der comprado por US$ 1.500 – apenas para aqueles que participaram do I/O e moram nos Estados Unidos – e deve começar a ser entregue no começo do ano que vem.

Bala de goma

A versão 4.1 do Android foi anunciada apenas seis meses após o lançamento da versão 4.0 Ice Cream Sandwich. O Jelly Bean foi apresentado como sendo a mais rápida versão de Android até agora.

Dentre as novidades anunciadas estão: teclado inteligente que aprende com o tempo, função de digitação ativada por voz agora offline, novo design da home, área de notificações expansível, transferência de fotos e vídeos entre Androids via tecnologia NFC (Android Beam), nova visualização de fotos no app de câmera e suporte ao Google Now.

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