Ou quase certo. A ideia de trocar publicidade real por anúncios virtuais irá com certeza esbarrar em protestos de diversas partes. E o dono do espaço físico, como fica? Se eu tenho um muro com uma publicidade obsoleta, que é trocada no Street View por algo novo, eu ganharei algo por isso? E o anunciante que pagou pelo anúncio que já ficou velho? Além disso, o projeto é uma mudança de conceito: o objetivo do Street View é fazer com que as pessoas conheçam as cidades sem sair de casa. Se o Google apresentar uma realidade alterada, as pessoas não conhecerão Nova York ou Paris, mas sim as “versões Google” dessas cidades.
Mesmo com tantos possíveis entraves, o projeto tem um potencial enorme. Até porque a publicidade que o Google pretende colocar nas ruas virtuais será direcionada (os anúncios irão aparecer aos usuários conforme o que eles pesquisam na busca do Google. Quem googla “Crepúsculo”, por exemplo, será perseguido por outdoors virtuais com o cartaz do novo filme) e multimídia (ao invés de imagens estáticas, a publicidade poderá ser feita por vídeos, textos, infográficos 3D e por ai vai).
Se o Google superar os empecilhos e massificar o acesso ao Google Street View (fazendo isso pela expansão das cidades mapeadas e pelo acesso por GPS ao serviço), os anúncios virtuais nas cidades reais podem dar um lucro enorme para a empresa.