Imagens de filhotes melhoram concentração

Estudo de universidade japonesa vê relação entre imagens de bichos e maior capacidade de concentração

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Por Anna Carolina Papp
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Estudo de universidade japonesa vê relação entre imagens de bichos e melhor desempenho no trabalho

SÃO PAULO – O “fofinho” dominou a internet. Coisas consideradas graciosas como filhotes, com destaque para gatinhos, a são responsáveis por boa parte de vídeos do YouTube, fotos no Instagram e imagens compartilhadas na sua timeline do Facebook, juntamente com mensagens de encorajamento ou com teor humorístico. E, contrariando o senso comum, podem ajudar a trabalhar melhor.

 

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Em japonês,kawaii  quer dizer “fofinho”, algo que incita sentimentos positivos nas pessoas.A fim de saber mais sobre isso, um grupode pesquisadores da Universidade de Hiroshima, no Japão, realizou um estudo que chegouà seguinte conclusão: a fofura pode provocar um desempenho melhor em tarefas do dia a dia, ajudando a manter o foco e a ter um comportamento mais cuidadoso.

Na pesquisa, estudantes da universidade japonesa foram convocados a realizar três tarefas envolvendo concentração. A cada etapa, os participantes eram divididos aleatoriamente em dois times ou três times, com homens e mulheres de 18 a 22 anos. Uma equipe observava imagens de filhotes de cães e gatos antes do início das atividades, enquanto outra visualizava imagens neutras. Nas três experiências, os estudantes em contato prévio com o kawaii tiveram um desempenho melhor que os outros participantes.

Tarefas

O primeiro desafio foi o “Dr. Bilibili”, um jogo infantil japonês em que os participantes precisam remover, com uma pinça,14 itens metálicos de buracos no corpo de um paciente sem tocar as bordas ou deixá-los cair. Depois de duas rodadas, pode-se observar que o desempenho dos estudantes que observaram as fotos de filhotes antes do início do jogo e nos intervalos foi melhor dos que observaram cães e gatos adultos.

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Além do melhor desempenho, o tempo deexecução da tarefa também foi mais curto. Segundo o estudo, isso sugere que a visualização de imagens fofas permite que as pessoas consigam prestar mais atenção e executem tarefas com mais cuidado. “A sensibilidade provocada por fotografias fofas é mais do que um estímulo positivo que cria boas sensações. Ela pode deixar as habilidades motoras mais suaves”, escreveu o chefe da pesquisa, Hiroshi Nittono.

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Na segunda etapa, 48 estudantes foram divididos em três times. A primeira recebeu fotografias de cães e gatos recém-nascidos;a segunda observou animais adultos e, a terceira, alimentos com aparência agradável (como macarrão, sushi e carne). A seguir, cada participante tinha de identificar a ocorrência de um número em uma série matrizes, dizendo quantas vezes um certo algarismo aparecia dentre um conjunto de 40 números.

Os participantes visualizaram matrizes por três minutos. No fim, o primeiro grupo, com contato prévio com as imagens de filhotes, se saiumelhor, conseguindo solucionar mais problemas do que os outros no tempo determinado.

Para a última tarefa, 36 estudantes deveriam dizer qual letra viam em uma imagem projetada na parede (veja ao lado). Os caracteres no entanto, eram formados por várias pequenas letras. Um ‘H’ poderia ser formado por vários ‘F’s, por exemplo. As pessoas que observaram imagens fofas antes do exercício, mais uma vez, tiveram mais facilidade para reconhecer as letras e responder aos estímulos visuais a que foram submetidos.

A pesquisa foi publicada na revista científica PLOS One e contou com a participação de 132 alunos da Universidade de Hiroshima.

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