Internet é bloqueada novamente no Irã

Com a proximidade da eleição no dia 2 de março, acesso a internet foi bloqueado no país pela segunda vez em uma semana

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Por Agências
Atualização:

Com a proximidade da eleição no dia 2 de março, acesso a internet foi bloqueado no país pela segunda vez em uma semana

 

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Os iranianos sofreram uma segunda e mais extensa interrupção do acesso à internet nesta segunda-feira, 20, apenas uma semana depois que sites de redes sociais e de e-mails foram bloqueados, aumentando o temor sobre uma censura estatal antes das eleições parlamentares.

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O último bloqueio da Internet afetou as formas de conexões de segurança mais seguras, inclusive todos os sites internacionais criptografados fora do Irã dependentes do protocolo Secure Sockets Layer, que exibe os endereços iniciados com “https”.

“-Email, proxies e todos os canais de segurança que começam com ‘https’ estão indisponíveis”, disse um perito em tecnologia de Teerã que não quis ser identificado.

“A situação do acesso a esses sites é mesmo pior do que na semana passada porque os VPNs não estão funcionando”.

Muitos iranianos usam a rede privada virtual, ou VPN, um software que dribla o extenso filtro que o governo coloca na internet para evitar o acesso a um amplo leque de páginas, incluindo muitos sites estrangeiros e redes sociais como o Facebook.

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Na semana passada, milhões de iranianos sofreram graves interrupções no acesso a páginas de redes sociais e e-mails em meio a temores de que o governo estivesse aumentando sua vigilância a cidadãos comuns.

Os iranianos lutam com obstáculos cada vez maiores para usar a internet desde que simpatizantes da oposição usaram a rede social para organizar protestos depois da disputada reeleição, em 2009, do presidente Mahmoud Ahmadinejad.

O governo negou qualquer fraude na votação, o que provocou protestos em grande escala, que foram esmagados pelos serviços de segurança após oito meses.

O Irã está se preparando para realizar eleições parlamentares em 2 de março, a primeira eleição nacional desde 2009.

/ REUTERS

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