Jornalistas; cuidado

53% dos blogueiros se consideram jornalistas e Universidade de Tóquio cria robô-repórter

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Por Fernando Martines
Atualização:

Com o avanço dos meios digitais, uma das profissões que mais passa por mudanças é a de jornalista. O que fazer quando todos podem criar seus jornais online, noticiar, criar canais de televisão no YouTube, rádios na web e dar vazão ao que pensa e vê? E quando todos fazem isso, de um meio ou de outro (mesmo que seja de forma inconsciente, postando recados em redes sociais), como diferenciar quem é jornalista e quem não é? Como cobrar por um conteúdo que pode ser encontrado em qualquer lugar da rede?

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Indo em conjunto com essas perguntas, uma pesquisa da PRWeek e da PRNewswire mostra que 53% dos blogueiros entrevistados “se vêem como jornalistas”. Ou seja, mais da metade do número de pessoas que possuem blogs se consideram profissionais da notícia. O número subiu um terço em comparação com o ano passado. Os blogueiros classificaram seus posts como “notícias ou crônicas”.

Fonte de pesquisas A mesma pesquisa perguntou se as pessoas utilizavam blogs para fazerem pesquisas. 91% dos blogueiros responderam que sim, contra 68%de jornalistas que escrevem para sites, 38% do repórteres de revistas e 35% daqueles que escrevem em jornais impressos. Quanto ao Twtter, a aceitação foi menor: 64% dos blogueiros disseram que usam a rede social como fonte de pesquisa, contra 36% dos jornalistas da web, 19% dos profissionais dos jornais impressos e 17% daqueles que trabalham em revistas.

A pesquisa aponta para a linha cada vez mais borrada de quem são aqueles que produzem conteúdo e quem são aqueles que consomem nos dias de hoje.

Mecanizando a linha de produção Se a profissão clássica do jornalista (aquele profissional que era contratado por uma empresa a escrevia em nome de uma instituição maior) está mudando com a popularização dos meios de publicação online, cientistas da Universidade de Tóquio levaram isso para outro patamar. Eles desenvolveram um robô captar acontecimentos que surgem ao seu redor, fotografar e produzir relatos de forma totalmente mecânica. O robô pode inclusive fazer perguntas a quem estiver perto do acontecimento para tirar dúvidas que surgirem (via El País).

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