Livro relembra as 'batalhas de Sopa e Pipa'

Em 'Hacking Politics', Kim Dotcom, Lawrence Lessig e Aaron Swartz falam sobre combate a propostas de controle da rede

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Por Camilo Rocha
Atualização:

Em ‘Hacking Politics’, Kim Dotcom, Lawrence Lessig e Aaron Swartz falam sobre combate a propostas de controle da rede

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SÃO PAULO – A internet hackeou a política. É assim que um novo livro descreve o episódio que ficou conhecido no ativismo digital como as “batalhas de Sopa e Pipa”. Se o engajamento online teve um 2012 movimentado, os protestos contra os polêmicos projetos de lei antipirataria americanos foram um de seus pontos altos.

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Hacking Politics é uma coletânea de textos que quer contar a história de como uma coalizão de forças da rede se mobilizou contra (e venceu) lobbies tradicionais da política e do entretenimento.

São ensaios e pensatas das mais variadas autorias: o ativista Aaron Swartz (que se suicidou esse ano), o escritor Cory Doctorow, o advogado e criador do copyleft Lawrence Lessig, o fundador do Megaupload Kim Dotcom, o político Ron Paul (ligado ao Tea Party, ala ultraconservadora do Partido Republicano) e Alexis Ohanian, cofundador do Reddit.

A seleção reflete a diversidade da mobilização anti-Sopa/Pipa. “Geeks, progressistas, [os ultra-conservadores do] Tea Party, gamers, anarquistas e executivos se juntaram para derrotar a Sopa e salvar a internet”, explica o texto de divulgação do livro.

A Sopa e a Pipa pretendiam introduzir duras penalidades contra qualquer site que abrigasse conteúdo considerado ilegal. Tinham o apoio de Hollywood e da indústria fonográfica. A abrangência da lei ameaçava jogar na ilegalidade até mesmo sites como Google e Facebook, que tem conteúdo gerado por usuários. Graças às manifestações, as votações foram adiadas.

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Na época, sites como Reddit, BoingBoing, Gizmodo, a revista Wired, a plataforma WordPress, e o próprio Google modificaram suas páginas para alertar seus usuários sobre o problema. A Wikipedia chegou a ficar fora do ar durante o dia todo. Mark Zuckerberg, do Facebook, também falou contra. Para os autores de Hacking Politics, foi um momento de “muitos novos experimentos de ativismo digital”.

A editora de Hacking Politics é a Orbooks (que também tem em seu catálogo Cypherpunks, de Julian Assange).

O livro sai em papel e ebook e pode ser pago em dinheiro ou bitcoin. Mais informações no site da editora.

Veja o vídeo de divulgação de Hacking Politics abaixo:

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