Microsoft aceita protocolo aberto de fontes

Empresa assina protocolo que deverá universalizar o padrão de leitura de fontes em browsers

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Por Tatiana Mello Dias
Atualização:

Dê uma navegada pela web. Se você reparar bem, verá que existe uma certa ditadura das fontes. Arial e Times New Roman imperam; algumas outras conquistam seus espaços aos poucos, e fontes alternativas são jogadas a segundo plano porque são incompatíveis com a maioria dos computadores.

Alguns tipos perdidos pela web Foto: Estadão

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É por isso que o World Wide Web Consortium (W3C) aceitou no início desta semana o Web Open Font Format, protocolo aberto encabeçado pela Mozilla e outras fundações. O acordão teriam um potencial para ficar no papel, mas ganhou uma importante signatária: a Microsoft.

O grande problema em criar um site ou blog com uma fonte rara e bacana é que ela deve estar disponível nos computadores de todas as pessoas que irão visitar a página. Distribuir os arquivos das fontes também não é viável. Elas são caras, e esse tipo de licença normalmente só é feito para softwares comerciais. Por isso os desenvolvedores e designers acabam ficando reféns dos tipos que já vêm instalados nos computadores. A solução é apelar para as velhas conhecidas Arial ou Times New Roman, e deixar as extravagâncias para imagens representando textos.

E e aí que entra o Web Open Font Format (Formato aberto de fontes na web). Como o nome sugere, a iniciativa criará um protocolo aberto para dar a todos os computadores e páginas a capacidade de visualização de fontes. Nunca houve um formato largamente aceito para fontes dessa maneira. Só que, para ser considerado uma solução viável, esse formato precisa suportar ferramentas como geração de subconjuntos, compressão para tamanhos reduzidos, e necessariamente precisa incorporar a necessária informação de licenciamento para uso restrito. E, claro, também precisa ser compatível com os outros formatos existentes – assim, as fontes que já são usadas normalmente podem ser facilmente adaptadas para o protocolo aberto.

Com a aceitação do W3C, o próximo passo será a definição da especificação e a transformação disso em uma recomendação formal. Por isso a aceitação da Microsoft é tão importante: ela comanda uma parte fundamental do mercado. O Ars Technica diz que a decisão da MS indica uma nova filosofia na empresa, que está preferindo trabalhar junto ao resto da indústria. Porém ainda não há nenhuma evidência de que o novo protocolo será adotado no IE9.

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