Semana passada, o MySpace cortou 30% dos funcionários da sede americana, sob o pretexto de deixar a empresa mais eficiente. Esses cortes também afetam as filiais internacionais, de forma muito mais profunda, pois espera-se que 2/3 dos funcionários sejam demitidos.
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Dos 450 funcionários internacionais, 300 serão demitidos, e pelo menos 4 escritórios, dos 15 estabelecidos, serão fechados.
A diretoria do MySpace culpa a antiga administração pelo inchaço corporativo. “Com quase metade dos usuários fora dos EUA, é importante mantermos as operações produtivas e eficientes”, afirmou o presidente da rede social, Owen Van Natta.
“A equipe ficou muito grande e ineficiente, afetando a sustentabilidade da operação nas atuais condições do mercado. O que propomos hoje é o refinamento de nossas operações.”, afirmou ele, no comunicado oficial.
Segundo pesquisa divulgada no início deste mês pela Nielsen Online, enquanto Twitter e Facebook registraram aumento de tempo gasto pelos americanos, o MySpace afundou, registrando queda de mais de um bilhão de minutos: de 7,3 bilhões em abril de 2008, para 5 bilhões em abril de 2009.
O MySpace é a maior rede social do planeta. Diferente do resto do mundo, em que a rede de relacionamento decolou, no Brasil o Orkut ainda está no topo da preferência dos usuários, seguido pelo crescimento vertiginoso do Facebook e do Twitter.
A premissa do MySpace, quando surgiu, era de divulgar a música de bandas iniciantes, mas a rede foi rapidamente abraçada pela comunidade universitária norte-americana e daí foi catapultada ao topo. Lançado em 2003, o MySpace foi comprado pela News Corporation (dona da Fox e da DirecTV) em 18 de julho de 2005, por US$ 580 milhões. Desde que a transação foi realizada, o serviço de rede social vem perdendo usuários.
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